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Sexta sessão consecutiva em alta. PSI20 volta a ‘fechar’ no ‘verde’

O principal índice bolsista português encerrou a sessão desta terça-feira a somar 0,54%, para 5.287,05 pontos, seguindo a tendência das suas congéneres na Europa. Como principais responsáveis estiveram a Mota-Engil, que subiu 2,64%, para 2,174 euros e a NOS que cresceu 1,99%, para 5,89 euros. O BCP, os CTT e a Jerónimo Martins também ajudaram. Na Europa foi o FTSE 100 que liderou as subidas.
2 Abril 2019, 16h45

O mercado nacional encerrou em alta, revelando um desempenho em linha com a maioria das bolsas europeias. O principal índice bolsista português, PSI 20, valorizou 0,54%, para 5.287,05 pontos, no fecho da sessão desta terça-feira, seguindo a tendência europeia. Como principais responsáveis estiveram a Mota-Engil, que subiu 2,64%, para 2,174 euros e a NOS que cresceu 1,99%, para 5,89 euros.

Destaque ainda para os títulos da Jerónimo Martins e dos CTT que subiram 1,25% e 1,22%, respetivamente, para 13,355 euros no caso da retalhista e para 2,646 euros no caso dos Correios.

BCP valorizou 0,905 para 0,2349 euros e a REN ganhou 0,98% para 2,575 euros após a empresa ter divulgado a proposta da ERSE para as tarifas de gás natural referentes ao ano gás 2019-2020 e os parâmetros para o período de regulação compreendido entre os anos 2020 e 2023. A rede elétrica anunciou hoje a Estatística Mensal de Exploração do Sistema Elétrico Nacional e revela que de janeiro a março de 2019, o total da produção líquida de energia elétrica e o total do consumo de energia acumulada apresentaram variações homólogas de -25,9% e -3,5%, respetivamente.

Pelo contrário, a Galp encerrou praticamente inalterada. A petrolífera, parceira do consórcio para o desenvolvimento do Bloco 32, informou hoje sobre o início de produção da FPSO Kaombo Sul, a segunda unidade em operação no projeto Kaombo e localizada em Angola.

Também o grupo EDP penalizou a performance do índice nacional, terminando com ligeiras perdas. Mas a EDP Renováveis esteve na linha da frente das maiores quedas do índice, ao descer  -1,16% para 8,500 euros.

Isto porque o acionista da EDP Fundo Elliott conseguiu pôr a votação na AG o fim da blindagem de votos a 15% da empresa liderada por António Mexia. A EDP caiu -0,23% para 3,518 euros.

Destaque ainda para a queda da Pharol de -1,58%.

A manhã foi de alta ligeira para as principais praças europeias, dando continuidade ao bom arranque de semana. O índice londrino Footsie acaba por se destacar dos restantes congéneres no rescaldo de novo chumbo do Parlamento britânico das alternativas ao plano de May. O FTSE 100 avançou 1,01% para 7.391,1 pontos. De um modo geral os investidores acabam por reagir bem às notícias vindas do Reino Unido. Segundo a imprensa internacional Theresa May irá agora reunir-se com os membros do seu governo num encontro que poderá resultar numa proposta para adiar o Brexit até ao final do ano.

Em termos setoriais, os bancos e as seguradoras figuraram entre os melhores performers, enquanto que as farmacêuticas e as empresas de telecomunicações apresentaram uma underperformance, explicou o analista do BPI.

O índice global EuroStoxx 50 subiu 0,30% para 3.395,7 pontos. Nas principais praças o verde foi a regra. O CAC 40 ganhou 0,33% para 5.423,47 pontos; o DAX ganhou 0,62% para 11.754,8 pontos; o IBEX avançou  0,23% para 9.363,5 pontos e holandês AEX subiu 0,32%.

As bolsas europeias terminaram a sessão de hoje em terreno positivo, ainda influenciados pelos dados económicos conhecidos ontem sobre a China.

Macroeconomia

Em termos macroeconómicos os preços no produtor na Zona Euro aceleram ligeiramente em fevereiro. O IPP para a Zona Euro passou dos 2,9% para os 3% em fevereiro.

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou hoje que não antecipa uma recessão da economia global no curto prazo, mas adiantou que a instituição vai rever em baixa as previsões para 2019, segundo Christine Lagarde, ao falar na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, em Washington.

Em termos de previsões, o instituto alemão Ifo diz que o crescimento económico na área do euro será fraco este ano. “Após 0,2 por cento no primeiro trimestre de 2019, atingirá apenas 0,3 por cento nos trimestres seguintes”, lê-se na nota do Ifo. Esta previsão é comum aos três institutos, ifo de Munique, KOF de Zurique e Istat de Roma.

A produção industrial vai estagnar no primeiro trimestre de 2019 e depois vai crescer duas vezes em 0,2 por cento. No entanto, o mercado de trabalho está a desenvolver-se fortemente: o número de empregados aumentou 0,3% no quarto trimestre de 2018, e a taxa de desemprego caiu para 7,8%, a menor taxa desde o final de 2008. Ao mesmo tempo, os salários subiram significativamente. Ambos os indicadores podem apoiar a procura de casas no próximo período: de acordo com a previsão dos institutos, essa procura crescerá 0,3% no primeiro trimestre de 2019 e 0,4% nos trimestres seguintes. Os riscos para esta previsão estão numa eventual expansão dos conflitos comerciais, num Hard Brexit e no enfraquecimento geral da economia global, diz o Ifo.

O euro cai 0,18% para 1,1193 dólares.

O mercado do petróleo continua imparável. Os preços do petróleo atingem o nível mais alto de 2019 devido aos cortes da OPEP+ e a melhores expectativas económicas.

O preço do Texas petróleo leve (WTI) marca uma subida intraday de 1,3% para 62,39 dólares, o seu nível mais alto desde novembro, por seu turno, o preço do Brent sobe 0,41% para 69,29 dólares o barril.
A Arábia Saudita cortou agressivamente os seus níveis de produção e colocou-os abaixo de 10 milhões de barris.

O mercado de dívida pública está com os juros em queda na Alemanha (-2,3 pontos base para uma yield neagtiva de -0,049%); em Portugal (-2 pontos base para 1,255% no mercado secundário); em espanha (-2,5 pontos base para 1,116%) e em Itália (-1,8 pontos base para 2,525%). Até a Grécia tem os juros em queda de 2,5 pontos base para uma yield de 3,688%.

 

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