A Shell reforçará este ano a sua posição como marca mais valiosa do mundo no sector energético do gás natural e petróleo, isto apesar das dificuldades que a empresa experienciou no último ano e de até ter perdido alguma cotação no mercado. A necessidade de reorientar fluxos para a Europa foi um dos principais determinantes da dinâmica de um sector onde não há empresas portuguesas nas 50 mais valiosas.
A lista compilada pela Brand Finance é novamente dominada pela Shell, uma tendência que se regista desde o início do relatório da consultora sobre o sector energético, em 2015. A petrolífera britânica até registou um decréscimo no índice de força do negócio (BSI), que caiu de 77,2 para 74,2, mas o seu domínio no mercado continua sem contestação.
Segue-se a Saudi Aramco, que também manteve a posição verificada desde que entrou no ranking, em 2020. O top4 não sofre alterações desde 2017, com PetroChina e Sinopec em terceiro e quarto lugares, respetivamente.
Um dos grandes destaques vai para a subida em flecha da QatarEnergy. As sanções europeias a Moscovo obrigaram a uma diversificação da oferta energética para a Europa e à reorientação de vários fluxos internacionais, o que beneficiou produtores como o Qatar, cuja petrolífera registou um disparo de 82% no valor de marca.
Nas operadoras presentes em Portugal, a BP ocupa a posição mais alta no quinto lugar. É uma melhoria de dois lugares em relação ao ano anterior. Destaque ainda para a espanhola Repsol, que caiu da 22ª para a 27ª posição.
Ainda assim, a nota de menção pela negativa tem de recair sobre a Gazprom, cujo reconhecimento de marca colapsou desde a invasão russa da Ucrânia. A energética russa ocupa agora a 37ª posição após ter ficado no 16º lugar no ano anterior. Nota ainda para a deterioração da Petrobras do 33º para o 40º lugar.
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