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Short sellers colocam a nu ceticismo sobre IA em bolsa

O rali recente ameaça não ter sido sustentado, com várias empresas tecnológicas a negociarem acima do real valor, nomeadamente aquelas que têm investimentos em IA. Com isto, surge quem aposte na desvalorização das ações, os chamados ‘short sellers’.
21 Agosto 2025, 13h34

Depois da euforia dos mercados no que respeita às empresas tecnológicas em 2024, sobretudo a respeito de investimentos em Inteligência Artificial, o sentimento é agora bastante diferente. Perante receios de que as subidas expressivas podem não se enquadrar no contexto sustentado, surgem receios de futuras quedas, que os short sellers procuram aproveitar.

Em causa estão investidores que, na prática, apostam na queda do valor dos ativos em bolsa.

Em Wall Street, de acordo com um comentário de mercado da ActivTrades Europe, “a Palantir recuperou mais de 1% na sessão de quarta-feira, interrompendo uma sequência de cinco quedas consecutivas”, assinala Henrique Valente.

“Depois de ter sido a melhor ação do S&P 500 em 2024, com uma valorização de 346%, a empresa tornou-se recentemente alvo de short sellers, à medida que o fosso entre os fundamentos do negócio e a sua cotação em bolsa se amplia”, de acordo com o analista. Significa isto que, como muitos consideram de algum tempo a esta parte, empresas como a Palantir podem estar a negociar a um preço substancialmente superior àquele que seria o adequado, mediante o real valor da operação.

Assim sendo, “a correção surge num contexto de maior ceticismo em relação às tecnológicas e à sustentabilidade do rali recente, sobretudo no que diz respeito às empresas ligadas à IA”, aponta-se na mesma análise. A título de exemplo, a Meta (dona do Facebook, Instagram e Whatsapp) reforçou essas dúvidas ao anunciar uma pausa nas contratações em IA, após um período de euforia que incluiu bónus de entrada na ordem dos 100 milhões de dólares”, acrescenta Henrique Valente.

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