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Sindicatos da UGT assinam acordo com Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

Segundo a FNE, os objetivos alcançados abrem “perspetivas positivas” aos trabalhadores, cujos aumentos remuneratórios globais vão fixar-se acima da inflação esperada para 2025.
22 Maio 2025, 13h59

A Frente Sindical da UGT, que inclui a Federação Nacional da Educação (FNE), assinou, ontem, um acordo de revisão do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS).

“Os objetivos alcançados neste difícil acordo abrem perspetivas positivas aos trabalhadores, cujos aumentos remuneratórios globais vão fixar-se acima da inflação esperada para 2025, o que permite ganhos significativos em muitas categorias profissionais, nomeadamente dos trabalhadores das carreiras gerais e dos educadores de infância e professores dos ensinos básico e secundário”, afirma a FNE em comunicado enviado à nossa redação esta quinta-feira, 22 de maio.

Segundo o Orçamento do Estado em vigor para este ano, a inflação prevista deverá atingir 2,3% em 2025.

A FNE e os sindicatos da UGT lembram o “contexto político e económico desafiante” em que decorreu a negociação, marcado por “dificuldades várias vividas pelas famílias portuguesas”, decorrentes das “elevadas taxas de inflação e de juro”. E reconhecem que há ainda um longo caminho a percorrer para “dignificar verdadeiramente o trabalho e os trabalhadores do sector social”.

Consideram, no entanto, que “este acordo permite dar um passo firme e sustentável para melhorar as condições remuneratórias dos trabalhadores do sector das Instituições Particulares de Solidariedade Social – IPSS”.

José Ricardo Coelho, secretário-geral adjunto da FNE e coordenador das negociações para o sector social e solidário, deixou dois alertas na assinatura do acordo. O primeiro dirigido ao Estado, “que não tem feito tudo o que está ao seu alcance para valorizar e dignificar o trabalho desenvolvido no sector”. O segundo alerta dirigiu-se às próprias instituições do sector, “às quais se exige fazer caminho, para se tornarem unidades económicas com uma gestão mais profissionalizada e mais eficiente”.

O objetivo da FNE e da Frente Sindical da UGT é o de dar um “rumo mais ambicioso” a todo o sector da economia social, que permita, aos seus mais de 200 mil trabalhadores, sonharem com “melhores condições de trabalho, melhores condições de vida, e com melhores condições de um exercício pleno da sua liberdade individual e coletiva”.

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