O grupo francês BPCE, que anunciou a assinatura de um acordo para adquirir o Novobanco, deixou claro que não pretende reduzir o quadro de pessoal na instituição portuguesa. Os sindicatos Mais, SBN e SBC dizem que “ficaram mais tranquilos, mas, não obstante, solicitaram já reuniões urgentes ao ministro das Finanças e à administração do banco”.
O maior acionista do Novobanco, a Lone Star Funds, assinou este mês um Memorando de Entendimento para a venda da sua posição acionista ao BPCE, o segundo maior grupo bancário francês e o quarto maior da Europa.
O grupo francês está já presente em Portugal desde 2017, através da Natixis, que opera um Centro de Especialização Tecnológica no Porto, e emprega três mil trabalhadores.
Para os Sindicatos da UGT, a maior preocupação relativamente à venda do Novobanco é o futuro dos seus 4.200 trabalhadores, “até porque corriam notícias de que a instituição pudesse ser adquirida por um banco já a operar em território nacional, o que poderia redundar em despedimentos”. De momento essa hipótese está afastada.
Numa teleconferência no dia 13, logo após a formalização da operação, Nicolas Namias, do BPCE, fez questão de repetir diversas vezes que não pretende fazer reduções de pessoal no Novobanco.
Já o CEO do Novobanco, Mark Bourke, numa carta aos trabalhadores citada pelos sindicatos filiados na UGT, sublinhou que as conquistas do banco “são o resultado da dedicação, profissionalismo e resiliência de todos” e que “a equipa de gestão mantem-se totalmente empenhada em liderar e preparar o Novobanco neste novo capítulo e continua, como sempre, a contar com o apoio de todos”.
O Mais, SBN e SBC receberam com agrado a informação de que não haverá redução do quadro de pessoal do banco, considerando que tal garantia é tranquilizadora, mas, também, frisaram, é o que se espera e impõe numa operação deste tipo.
Nesse sentido, “os Sindicatos da UGT solicitaram já à administração do Novobanco e ao ministro das Finanças reuniões com carácter de urgência, a fim de serem cabalmente esclarecidos sobre os seus propósitos”.
Os sindicatos dizem que vão acompanhar a par e passo todo o processo de aquisição para acautelar que o compromisso do BPCE seja integralmente cumprido.
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