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Sindicatos levam problemas dos bancários a Marcelo e grupos parlamentares

“A realidade da classe infelizmente não é nova e nas últimas duas décadas tem vindo a deteriorar-se”, destacaram os seis sindicatos bancários.
Cristina Bernardo
23 Julho 2024, 17h45

O “Diagnóstico do Setor Financeiro” foi esta terça-feira, entregue ao grupo parlamentar da Iniciativa Liberal por parte dos seis Sindicatos dos Bancários – MAIS, SIB, SBN, SBC, SinTAF e STEC –, com o objetivo de sensibilizar as entidades políticas para a difícil situação laboral e social de trabalhadores e reformados.

Segundo os sindicatos bancários, “estiveram reunidos, dia 23 de julho, com o grupo parlamentar da IL, naquela que foi a quinta ronda a entidades oficiais, depois dos grupos parlamentares do Partido Socialista, do Chega, do Partido Comunista Português e das assessoras do Presidente da República”.

“O objetivo destas audiências é alertar para a necessidade de ação política, de forma a pressionar o setor bancário a modificar comportamentos e atitudes a de prepotência. Os Sindicatos têm destacado a crítica situação laboral dos bancários e a dependência incompreensível das atualizações das pensões dos reformados em relação aos Bancos”, sublinharam.

No que diz respeito ao documento “Diagnóstico do Setor Financeiro”, elaborado e pelos seis Sindicatos e divulgado em junho, revela a difícil situação dos bancários.

“A realidade da classe infelizmente não é nova e nas últimas duas décadas tem vindo a deteriorar-se. O número de bancários no ativo reduziu-se drasticamente, não por reformas naturais, mas por rescisões por mútuo acordo e despedimentos, como nos casos do BCP e do BST, que apesar dos enormes lucros, impuseram cortes significativos”.

Além disso, “os aumentos salariais dos bancários têm estado sempre abaixo da inflação, verificando-se uma perda efetiva de 7,3% do poder de compra dos trabalhadores e dos reformados”.

“Os profissionais bancários, que há duas décadas se encontravam entre os grupos de rendimento médio, atualmente encontram-se no lado oposto da tabela, e muitos bancários têm mesmo remunerações ao nível do salário mínimo, apesar de a maioria ter habilitações académicas elevadas, com licenciaturas e mestrados”.

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