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Situação epidemiológica de elevada intensidade e tendência crescente pressiona hospitais de Algarve e Lisboa e Vale do Tejo

O relatório de monitorização das linhas vermelhas da Covid-19 alerta para a elevada ocupação de camas nos hospitais de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve, onde o limiar máximo da incidência da doença foi já ultrapassado.
9 Julho 2021, 20h28

A situação epidemiológica em Portugal é de elevada intensidade e tendência crescente, alerta o Instituto Dr. Ricardo Jorge (INSA) no relatório de monitorização das linhas vermelhas da Covid-19 desta sexta-feira. Adicionalmente, o documento alerta para a aproximação de algumas regiões, como Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve, dos valores críticos no que toca à pressão nos serviços de saúde.

A tendência crescente da epidemia é baseada num risco de transmissão de 1,18, acima do limite máximo de 1,00, enquanto que a incidência a nível nacional, medida pelo número médio de casos confirmados de infeção por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, foi de 287, o que também ultrapassa o limiar de 240 casos por 100 mil habitantes.

A nível regional, este limiar foi ultrapassado apenas nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Algarve, mas, mantendo-se a tendência das últimas semanas, todas as regiões do país entrarão numa situação acima dos limites definidos pelo Governo nos próximos 15 dias, alerta o INSA, em conjunto com a Direção Geral da Saúde.

Assim, a taxa de ocupação das camas Covid-19 nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) nos hospitais nacionais encontra-se a 56% do limite crítico de 245, o que representa um aumento em relação aos 46% da semana anterior. Nas regiões mais críticas do Algarve e Lisboa e Vale do Tejo, os limiares máximos para a ocupação de camas em UCI estão próximos de ser atingidos, alertam as autoridades sanitárias.

Também a proporção de testes positivos ultrapassou o limite de 4%, com uma positividade de 4,5%. Este indicador também experienciou uma subida considerável desde a última monitorização destes limites, na sexta-feira passada, quando o valor se ficou pelos 3,2%.

A variante delta tornou-se já a dominante no território nacional há um par de semanas, como comunicaram atempadamente as autoridades de saúde nacionais, sendo agora esta estirpe responsável por 89,1% dos casos diagnosticados em Portugal na semana de 21 a 27 de junho.

Ainda assim, 90% dos casos positivos foram isolados dentro de 24 horas e 72% dos seus contactos foram rastreados e isolados, o que cumpre com as metas traçadas pelo Governo para estes indicadores.

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