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Situação epidemiológica em Portugal é de intensidade moderada, mas com tendência ligeiramente crescente

Apesar da situação neste momento ser de intensidade moderada, o aumento do risco de transmissibilidade coloca o país numa trajetória de aumento de casos que pode levar à passagem da linha vermelha de 120 infeções confirmadas por 100 mil habitantes.
Pessoas fazem fila para entrar numa loja, no dia que marca o início da terceira fase de desconfinamento em Portugal, no Centro Comercial UBBO, na Amadora, 19 de abril de 2021. Portugal inicia hoje a terceira fase do desconfinamento com a reabertura de mais escolas, lojas, restaurantes e cafés, um levantamento de restrições que não é acompanhado nos 10 concelhos onde a incidência da covid-19 é maior. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
28 Maio 2021, 20h22

As autoridades de saúde nacionais classificam a situação epidemiológica atual portuguesa como apresentando uma transmissão comunitária de moderada intensidade, ainda que com uma tendência ligeiramente crescente a nível nacional. No relatório semanal de monitorização das linhas vermelhas Covid-19, a Direção Geral de Saúde (DGS) e o Instituto Dr. Ricardo Jorge aconselham atenção no acompanhamento da pandemia nas próximas semanas, especialmente nas regiões com maior transmissão.

O cenário em Portugal traduz-se numa incidência nos últimos 14 dias de 60 casos por 100 mil habitantes, em média, e num risco de transmissibilidade, ou Rt, de 1,07 a nível nacional, o que fica acima do limite definido de 1. Em específico, a região do Alentejo apresenta o valor mais elevado, com 1,16, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo, com 1,14, e a região Centro, com 1,05.

Uma manutenção desta tendência de crescimento, avisam os responsáveis de saúde, poderá significar uma incidência superior ao limite de 120 casos por 100 mil habitantes dentro de duas semanas a um mês nas regiões do Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo. A nível nacional, esta linha vermelha pode ser atingida em 31 a 60 dias, acrescentam.

Ainda assim, no que respeita à pressão nos serviços de saúde, esta mantém-se reduzida, verificando-se ainda uma tendência ligeiramente decrescente nos internados em unidades de cuidados intensivos. O valor crítico de 245 camas nestas unidades encontra-se de momento a 22% de ocupação.

No que se refere a testagem e isolamento, o relatório desta sexta-feira aponta para um aumento dos testes efetuados na última semana, sendo que a percentagem de positivos foi de 1,3%, significativamente abaixo dos 4% definidos como limite. 89% destes casos foram isolados nas 24 horas que se seguiram ao teste, sendo que 82% dos seus contactos foram rastreados e isolados.

As notificações com atraso de um teste positivo representaram 6,2% das infeções confirmadas, o que se mantém abaixo dos 10% estabelecidos como linha vermelha na gestão pandémica.

A estirpe dominante em Portugal continua a ser a britânica, informam as autoridades sanitárias, sendo que esta variante representa 87,2% dos casos identificados em maio. Até quarta-feira, haviam ainda sido detetados 97 casos da variante sul-africana, 133 da variante brasileira e 46 da variante indiana. Para todas estas aparenta haver uma transmissão comunitária ativa, sendo que no caso da estirpe indiana esta hipótese surge dada “a ausência de ligação epidemiológica em alguns dos casos mais recentes”.

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