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Situação “verdadeiramente dramática” nas escolas da cidade de Lisboa, alerta CGTP

A Intersindical CGTP alerta que “situação dramática ameaça funcionamento das escolas na cidade de Lisboa”. Em causa está a falta de assistentes operacionais, que já se fazia sentir antes da pandemia, e que, segundo o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, “agravou-se” devido a situações de substituição em casos de isolamento profilático e quarentena e até de aposentação.
10 Novembro 2020, 19h47

Nas escolas da cidade de Lisboa a realidade “é verdadeiramente dramática”, alerta o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL), filiado na CGTP-IN. A Intersindical reforça que situação deve-se a falta de assistentes operacionais, que já se fazia sentir antes da pandemia, e que, diz, “agravou-se” devido a situações de substituição em casos de isolamento profilático e quarentena e até de aposentação.

O SPGL dá conta de que “baixos salários, más condições de trabalho e precariedade ameaçam funcionamento das escolas na cidade de Lisboa”, recordando que o ministro da Educação anunciou que mais de 1.500 funcionários chegariam às escolas antes do final do primeiro período.

“No entanto, a realidade nas escolas da cidade de Lisboa é verdadeiramente dramática. A falta de assistentes operacionais, que já se fazia sentir antes da pandemia agravou-se devido a situações de substituição em casos de isolamento profilático e quarentena e até de aposentação, pois trata-se, também, de um grupo profissional envelhecido”, avança o SPGL nesta terça-feira, 10 de novembro.

Segundo este sindicato, o processo de transferência de competências para a autarquia não veio contribuir para solucionar esta escassez. “O envelhecimento destes profissionais, a situação de risco, as novas necessidades das escolas que aumentaram não se compadece com nenhum rácio estabelecido. Os baixos salários, os contratos temporários e as más condições de trabalho levam a que não existam candidatos suficientes para ofertas de emprego que são feitas pelas autarquias e pelas escolas”, explica o SPGL.

Apesar da transferência de competências para as autarquias, este sindicato defende que “o Ministério da Educação “não pode alhear-se nem desresponsabilizar-se da situação dramática de algumas escolas que são obrigadas a fechar por falta de assistentes operacionais, ou que veem as situações de risco agravar-se por falta de apoio destes profissionais”.

Já a CGTP-IN dá conta de que amanhã haverá greve e uma concentração de protesto contra a falta de pessoal no Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira. “Neste agrupamento, uma escola com seis salas tem cinco com situações de Covid-19 e em confinamento. Noutra, há já duas turmas em confinamento obrigatório, enquanto a sua coordenação ficou em casa, dando orientações via telefone”, conclui a Intersindical.

 

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