[weglot_switcher]

Só Ibersol e EDP Renováveis escapam a ‘maré vermelha’ no PSI20

O PSI 20 fechou esta sexta-feira a perder 1,23% para 5.130,35 pontos, resultado de uma negociação que terminou em terreno negativo para todos os títulos, com exceção da Ibersol (terminou a ganhar 0,75%) e da EDP Renováveis.
  • Cristina Bernardo
14 Junho 2019, 16h52

A última sessão da semana foi negativa para as bolsas europeias e o PSI20 não conseguiu escapar ao clima de pessimismo nos mercados do ‘Velho Continente’. O PSI 20 fechou esta sexta-feira a perder 1,23% para 5.130,35 pontos, resultado de uma negociação que terminou em terreno negativo para todos os títulos, com exceção da Ibersol (terminou a ganhar 0,75%) e da EDP Renováveis.

A Altri, que nos últimos dias vinha a recuperar face a uma melhoria do sentimento, voltou hoje a ser penalizada pelo pessimismo que se reinstalou em termos de cenário geopolítico. Queda da Altri foi de 3,02%.

Outros exemplos que prejudicaram o mercado foram a Mota-Engil, os CTT e o BCP. O banco acabou por apresentar uma undeperformance face ao respetivo setor na Europa que apenas se desvalorizou cerca de 0,70%.

A Galp recuou 0,83%, contrariando a performance do preço do petróleo.

“Já o PSI20 esteve fraco em, relação aos pares, arrastado por perdas expressivas de cotadas como Altri, CTT, BCP, Navigator ou Sonae”, sublinhou Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium investment banking.

Tecnologia e automóvel lideram perdas na Europa

O agudizar das relações entre os EUA e o Irão (devido aos incidentes ocorridos no estreito de Ormuz) acentuou o sentimento negativo dos investidores.
Assim, os mercados do ‘Velho Continente’ acabaram por terminar a sessão de hoje em terreno negativo.

A liderar as perdas estiveram os setores tecnológico e automóvel.

Entretanto o petróleo, cujo preço já reagiu em alta a esta escalada de receios de cariz geopolítico, voltou hoje a negociar em trajetória ascendente.
Neste contexto, a Agência Internacional de Energia diminuiu as suas estimativas para o crescimento da procura global de crude pelo 2º mês consecutivo, tendo dado como justificação as preocupações com o comércio global e o seu impacto no crescimento económico.

Em termos empresariais, a Royal Mail valorizou-se significativamente, após ter dado a conhecer alterações à sua política de remuneração.

O setor dos fabricantes de semicondutores foi positivamente influenciado pelo atual e difícil cenário das relações comerciais entre os EUA e a China. A AMS caiu 0.46% e a Infineon desceu 5.29%.

“A revelação de que a confiança dos consumidores nos EUA recuou mais que o previsto em junho até acabou por não se fazer sentir, mas o setor tecnológico esteve muito pressionado. O corte de projeções da Broadcom, justificado pelas incertezas com o impacto da guerra comercial acabou por contagiar todo o setor das fabricantes de semicondutores como Infineon, STMI, ASML ou Dialog, cotadas que terminaram em queda significativa. Pela positiva de notar a recuperação dos preços do petróleo até à hora de fecho dos mercados europeus (valorizam cerca de 2% desde os mínimos da sessão atingidos pelas 9h20m) e que acabou por trazer o setor Energético para ganhos. As Utilities também mostraram resiliência e o Ouro continuou a revelar-se ativo refúgio”, realçou o analista de mercados do Millennium investment banking.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.