[weglot_switcher]

Sociais democratas alemães aprovam coligação governamental com a CDU

O SPD, partido do chanceler cessante, Olaf Scholtz, vai juntar-se a uma coligação liderada pela União Democrata-Cristã (CDU), de direita, de Merz, e pelo partido parceiro da Baviera, a União Social Cristã.
30 Abril 2025, 10h13

Os sociais-democratas da Alemanha aprovaram hoje um acordo para se juntarem a um novo governo de coligação, abrindo caminho para que o Parlamento de Berlim eleja o líder conservador Friedrich Merz como novo chanceler alemão.

O SPD, partido do chanceler cessante, Olaf Scholtz, vai juntar-se a uma coligação liderada pela União Democrata-Cristã (CDU), de direita, de Merz, e pelo partido parceiro da Baviera, a União Social Cristã.

A União Democrata-Cristã (aliada à sua congénere bávara União Social-Cristã) venceu as eleições com 28,6% dos votos, seguida da força de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD, com 20,8%), do SPD (16,4%), dos Verdes (11,6%) e da Esquerda (8,8%).

Os sociais-democratas do SPD tiveram o pior resultado desde a Segunda Guerra Mundial (1945), ficando em terceiro lugar.

Os conservadores precisam de apoio para reunir uma maioria parlamentar que exclua a Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita e anti-imigração, que ficou em segundo lugar.

Os sociais-democratas submeteram o acordo de coligação alcançado no início de abril a uma votação eletrónica junto dos mais de 358 mil membros, que votaram nas últimas duas semanas.

O partido anunciou hoje que 56% dos membros votaram, dos quais 84,6% a favor da coligação.

O acordo prevê que os sociais-democratas venham a ocupar os ministérios das Finanças, da Justiça e da Defesa, entre outros cargos governamentais.

A CDU e a CSU aprovaram previamente o acordo.

A Câmara Baixa do Parlamento alemão vai reunir-se no dia 06 de maio para eleger Merz como o 10.º líder do país desde a Segunda Guerra Mundial.

A coligação pretende estimular o crescimento económico, aumentar as despesas com a defesa, adotar uma abordagem “mais rigorosa” em relação à migração e recuperar a modernização.

A coligação tem uma maioria relativamente condicionada: com 328 dos 630 lugares do Bundestag (Parlamento).

O mesmo tipo de coligação já governou a Alemanha na passado: uma vez na década de 1960 e depois em três dos quatro mandatos da ex-chanceler Angela Merkel (CDU), que liderou o país de 2005 a 2021.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.