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Sociedade civil guineense convoca manifestação para exigir liberdade e democracia

O chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, afirmou esta semana que a manifestação foi convocada por organizações ilegais e que os seus promotores pretendem desestabilizar o país.
25 Maio 2025, 10h56

Duas plataformas da sociedade civil guineense anunciaram para hoje manifestações pelas ruas do país para exigir a reposição da ordem democrática, uma iniciativa que a polícia disse desconhecer e para a qual o Presidente da República prometeu “resposta adequada”.

O chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, afirmou esta semana que a manifestação foi convocada por organizações ilegais e que os seus promotores pretendem desestabilizar o país.

A manifestação é uma iniciativa da organização cívica e social “Po de Terra” (pau da terra), à qual se juntou a Frente Popular, plataforma que congrega associações de jovens e sindicatos.

A manifestação visa igualmente reivindicar o fim da supressão das liberdades fundamentais no país, em alusão à ordem do Governo de Iniciativa Presidencial que proíbe ações políticas e da sociedade civil nas ruas.

O comissário da Polícia de Ordem Pública (POP) guineense, Salvador Soares, disse desconhecer a intenção das duas plataformas da sociedade civil e avisou que a polícia estará nas ruas do país para garantir segurança e tranquilidade, no âmbito da visita que o Presidente do Senegal realiza a Bissau segunda-feira e terça-feira.

O general Soares afirmou que a POP não recebeu nenhuma comunicação oficial sobre a manifestação, facto desmentido pelos líderes das duas plataformas, segundo os quais o Ministério do Interior se recusou a receber as correspondências para comunicar a realização da manifestação.

Os líderes do “Po de Terra” e da Frente Popular não anunciaram os itinerários e locais da concentração dos manifestantes em Bissau e nas regiões do interior, para não alertar as autoridades.

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