A ministra do Ambiente e da Energia deixou hoje críticas ao processo do leilão solar flutuante, depois da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ter chumbado dois projetos previstos para a região do Gerês.
“É um processo que não foi bem preparado”, criticou hoje Maria da Graça Carvalho em audição no Parlamento. “Não há soluções fáceis para este problema”.
A ministra apontou que tem tido o feedback de que, durante o processo, “não houve o envolvimento necessário das populações e dos autarcas”. Mais. Nunca ficou garantido que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) iria “dar autorização” prévia aos projetos. “A autoridade de AIA, que é a APA, deu um parecer negativo”.
“Vamos ter que arranjar uma solução que se enquadre na lei. Temos de ter uma solução, com o envolvimento de todos”, acrescentou.
Olhando para os sete projetos, considerou que a problemática sobre os projetos do Gerês não são isolados, mas são os “mais flagrantes”.
A APA chumbou ambientalmente os dois projetos da Finerge previstos para duas barragens na zona do Gerês: Paradela e Salamonde.
O ex-secretário de Estado da Energia, responsável pelo lançamento do leilão, já deixou críticas ao chumbo da APA.
“Depois da irresponsabilidade na barragem de Paradela, a APA decide repetir o feito, agora na barragem de Salamonde. Três anos depois de escolher lote na barragem de Salamonde, de definir regras para instalar solar flutuante nessa barragem e de, junto com DGEG, coordenar todo o leilão e adjudicação dos lotes à empresa vencedora, a APA chumba projeto que a própria APA promoveu”, escreveu João Galamba recentemente nas redes sociais.
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