A Solverde anunciou esta quarta-feira o fim da colaboração com a empresa da família do primeiro-ministro, Luís Montenegro, na sequência da crise política que se instalou depois de revelada a avença mensal de 4.500 euros paga à Spinumviva. O anúncio do fim do contrato entre as duas empresas foi feito pela sociedade gestora de hotéis e casinos em comunicado, pouco antes do início da moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP, que arranca às 15 horas, e no mesmo dia em que a passagem da totalidade da Spinumviva para os filhos do primeiro-ministro foi “consumada”.
“Não obstante a Spinumviva ter cumprido integralmente as suas obrigações para com a Solverde e prestado continuamente os seus serviços de forma profissional, entenderam as duas empresas, ponderando o atual contexto e visando exclusivamente a salvaguarda do bom nome e da reputação de ambas, que a cessação da referida relação de prestação de serviços constitui, nas atuais circunstâncias, a solução mais adequada, permitindo à Solverde a escolha, no decurso do corrente mês de março, de um novo prestador de serviços com menor exposição pública”, refere a Solverde na nota divulgada.
A sociedade gestora de casinos e hotéis assinala que a decisão agora tomada é “essencial” para proteger a Solverde, destacando que quer a empresa quer os seus trabalhadores “merecem cuidada defesa face aos ataques e referências que, no âmbito do turbilhão mediático, têm vindo a colocar em causa a sua integridade e o seu prestígio”.
A Solverde refere-se, no mesmo comunicado, à “divulgação de factos que não correspondem à verdade, com a mistura intencional de verdades e mentiras e a consequente especulação sem qualquer fundamento”. Terminando a nota, a sociedade gestora de casinos e hotéis sublinha que, “perante afirmações muito graves proferidas por algumas pessoas e entidades, afirmações essas que considera profundamente atentatórias do seu bom nome, a Solverde reafirma o seu compromisso com a respetiva defesa, manifestando a sua intenção de adotar todas as diligências que se revelem necessárias”.
Respondendo ao Jornal Económico, nomeadamente sobre o facto de a política de privacidade e cookies não ser atualizada desde setembro de 2020, a Solverde detalha que a empresa criada por Luís Montenegro prestou a esta sociedade, desde julho de 2021, “serviços especializados no âmbito do compliance e da proteção de dados pessoais, com intervenção de profissionais que se mostraram sempre qualificados e disponíveis, assegurando o suporte técnico necessário e as respostas às consultas apresentadas, incluindo o exercício, por intermédio do Senhor Dr. André Costa, da função de Encarregado de Proteção de Dados (“EPD”), bem como a implementação integral das exigências do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados e da legislação aplicável”.
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