A fabricante automóvel chinesa BYD acredita naquilo que apregoa aos seus clientes: ‘Build Your Dreams’. Depois de ser um patrocinador de excelência no Euro2024, a vice-presidente da fabricante, Stella Li, admite que querem ser os melhores, isto depois de se terem destacado no mercado como o maior produtor automóvel chinês.
“A BYD é o iPhone da indústria automóvel, muito diferente do resto”, afirmou Li à publicação espanhola “CincoDías”, mercado onde comercializa veículos há ano e meio.
“Não temos um objetivo de quota de vendas, estamos focados em oferecer os melhores modelos no mercado e em fortalecer a nossa equipa de pós-vendas”, admitiu. “Queremos que os consumidores que experimentem os nossos veículos se apaixonem por eles, compreendam a nossa tecnologia inovadora e desfrutem das características premium que oferecemos”.
Agora, e já depois da União Europeia fazer marcação cerrada aos automóveis provenientes da China, a BYD revelou ter escolhido a Turquia para instalar uma fábrica, realizando um investimento de quase mil milhões de euros. Já no ano passado, a BYD tinha anunciado a construção de uma fábrica na Hungria, e a produção deve arrancar já no próximo ano. O plano é construir 150 mil carros anuais na Turquia e 200 mil na Hungria, um número suficiente para a procura estimada na Europa nos próximos anos.
A vice-presidente da BYD admitiu que a fabricante não concorda com a tomada de decisão da União Europeia em relação às tarifas. “Não estamos de acordo com o que a UE está a fazer porque, na realidade, não é justo para os próprios consumidores europeus. Estão a ser privados de aceder a tecnologia premium e competitiva”, apontou Stella Li.
Sobre a investigação da UE, que concluiu que toda a indústria recebeu subsídios ilegais por parte do governo de Xi Jinping, a vice-presidente admite que esta “não se baseou em dados verdadeiros ou suposições”.
Ainda assim, a BYD não quer baixar os braços e pretende continuar a marca presença na Europa. “Queremos ser os principais players da indústria e isso implica fabricar aqui [referindo-se às fábricas na Hungria e Turquia], sem pensamento a curto prazo. Quando começarmos a fabricar na Europa, passamos a ser um fabricante europeu”.
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