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Sonae Capital com prejuízo líquido de 12,3 milhões devido a efeito contabilístico da venda da RACE

O impacto ‘non-cash’ da venda da Race e a ausência de vendas significativas de Activos Imobiliários sobrepuseram-se a uma subida de 46,5% do volume de Negócios das Unidades de Negócio e um crescimento de 9,9% no EBITDA. Board vai propor dividendo de 6 cêntimos por ação, equivalente a um ‘dividend yield’ de 8%.
23 Fevereiro 2020, 22h03

A Sonae Capital registou um prejuízo de 12,3 milhões de euros em 2019, com o efeito contabilístico non-cash da venda da participação na RACE em novembro a superar o desempenho operacional positivo, afirmou a empresa este domingo, em comunicado.

“O resultado líquido evoluiu de forma negativa, impactado pelo reconhecimento de uma menos-valia relacionada com a alienação da RACE e pela ausência de vendas significativas de ativos imobiliários sobre os quais, no entanto, mantemos boas perspectivas de curto-prazo”, afirmou Miguel Gil Mata, citado no comunicado divulgado no site da CMVM:

A empresa afirmou que excluindo este efeito, a evolução do resultado líquido teria sido positiva face ao ano anterior, quando o valor registado um prejuízo de 6 milhões de euros, mas não quantificou essa evolução.

A Sonae Capital recordou que “implementou de forma bem-sucedida a estratégia de gestão activa do seu portefólio, investindo nas aquisições da comercializadora de energia Futura Energía Inversiones, da cadeia de ginásios Urban Fit e da exploração do hotel Aqualuz Lagos, bem como realizando a alienação do negócio de Refrigeração e AVAC, a RACE”.

O volume de negócios consolidado atingiu 300 milhões de euros em 2019, registando um crescimento de 27,3% face ao ano anterior. O volume de Negócios das Unidades de Negócio situou-se em 269 milhões de euros, valor que traduz um aumento de 46,5% em relação ao ano anterior, adiantou, realçando o crescimento de dois dígitos nos segmentos de Hotelaria e Fitness e de três dígitos no segmento de Energia (dada a integração da Futura Energía Inversiones).

Em sentido contrário, na unidade de Ativos Imobiliários, o volume de negócios tombou 32% para 40,52 milhões de euros.

Em termos operacionais, o EBITDA das unidades de Negócio cresceu 8,9% para 35,3 milhões e na unidade de Ativos Imobiliários aumentou 17,3%, para 10,1 milhões. “Esta forte melhoria da rentabilidade operacional traduziu-se num EBITDA consolidado de 38,1 milhões , o qual representou um crescimento de 9,9% face a 2018”.

A empresa adiantou que o Conselho de Administração irá propor a distribuição de dividendos no valor de 15 milhões de euros, equivalentes a um dividendo ilíquido de 0,060 euros por ação. Explicou que o dividendo corresponde a um dividend yield de 8% relativamente à cotação de fecho do dia 31 de dezembro de 2019 (que se fixou em 0,753 euros).

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