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Sondagem: AD ressente-se da crise política. Chega em queda

Os dois períodos estudados pela Pitagórica revelam ainda uma ligeira descida do PCP (de 3,6% para 3%) e uma queda mais acentuada do Livre, que passou de 4,8% para os 2,7%. Em sentido inverso, o Bloco de Esquerda obteve ganhos, ao reunir na segunda semana 2,9% das intenções de voto, quando em fevereiro tinha apenas 1,5%. O PAN passou de 1,5% para 1,9% nas semanas em que se realizaram as duas sondagens.
O primeiro-ministro, Luis Montenegro (C), intervém no debate parlamentar preparatório do Conselho Europeu na Assembleia da República, em Lisboa, 16 de outubro de 2024. TIAGO PETINGA/LUSA
10 Março 2025, 10h11

A primeira sondagem feita em plena crise política mostram que a crise política afetou a Aliança Democrática (AD). Ainda que a coligação que une PSD e CDS se mantenha em primeiro, em empate técnico com o PS, os social-democratas veem agora a distância do principal adversário a encurtar.

A sondagem da Pitagórica para a CNN Portugal, TVI, TSF, JN e O Jogo analisaram as intenções de voto dos portugueses antes da crise política, entre 23 e 27 de fevereiro, e entre 3 a 6 de março, depois de ter sido noticiada a avença mensal da Solverde paga à empresa familiar do primeiro-ministro e a comunicação que fez ao país.

Se na primeira semana em análise, a Aliança Democrática reunia 35,6% das preferências dos eleitores; na segunda caiu para os 33,5%. O PS, por sua vez, subiu de 27,2% para os 28,8%.

As duas sondagens mostram também que o Chega está em queda. O partido liderado por André Ventura, ele próprio afetado por problemas internos, foi o que mais caiu nas intenções de voto nos dois períodos em análise: sofreu um tombo dos 17,4% para os 13,5%.

Com uma subida igual à do PS (1,6 pontos percentuais) surge a Iniciativa Liberal. O partido comandado por Rui Rocha saltou dos 5,1% para os 6,7%.

Os dois períodos estudados pela Pitagórica revelam ainda uma ligeira descida do PCP (de 3,6% para 3%) e uma queda mais acentuada do Livre, que passou de 4,8% para os 2,7%. Em sentido inverso, o Bloco de Esquerda obteve ganhos, ao reunir na segunda semana 2,9% das intenções de voto, quando em fevereiro tinha apenas 1,5%. O PAN passou de 1,5% para 1,9% nas semanas em que se realizaram as duas sondagens.

A crise política desencadeada pela polémica relacionada com a empresa da família de Luís Montenegro (a Spinumviva) terá como desfecho inevitável a convocação de eleições antecipadas, já que a moção de confiança apresentada pelo Governo vai ser rejeitada no Parlamento amanhã.

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