O “chairman” da Stellantis, John Elkann, tem como prioridade a redução do portefólio de marcas do grupo, procurando um presidente executivo que tenha a mesma visão.
A Stellantis enfrenta neste momento um dilema, tendo de decidir quais das 14 marcas da fabricante automóvel são viáveis no futuro. Esta é uma prioridade relevante, escreve a “Reuters”, numa altura em que o presidente do conselho de administração, John Elkann, está a entrevistar candidatos ao cargo de CEO.
O amplo portefólio de marcas do grupo – o maior entre os rivais – é consequência da fusão em 2021 da Fiat-Chrysler e da PSA, dona da Peugeot. A sua redução pode aliviar o nível de complexidade e permitir fusões nas áreas de marketing, desenvolvimento e vendas.
Fonte próxima do “chairman” indica à “Reuters” que “encolher” o portefólio é uma prioridade e que qualquer candidato a presidente executivo sem uma ideia concreta sobre as marcas “não é o candidato certo”.
Cada marca – desde as best-sellers Jeep, Ram e Peugeot até à DS, Lancia e Alfa Romeo – tem os seus fãs, tornando difícil decidir qual delas é que deverá cair. Mas é um passo que terá de ser dado. A “Reuters” recorda que na Europa, por exemplo, onde a Stellantis é a segunda maior fabricante automóvel a seguir à Volkswagen, a sua marca mais vendida, a Peugeot, tinha uma quota de mercado de apenas 4,9% no ano passado, ocupando a oitava posição.
O facto de a Stellantis ser menos reconhecida pelos consumidores do que rivais como a Volkswagen ou a Toyota também é outro obstáculo ao crescimento.
Os analistas consideram que as marcas mais vulneráveis a uma reformulação do portefólio são a Alfa Romeo, DS e Lancia. A Dodge e a Chrysler devem conseguir “sobreviver”, apesar de registarem um desempenho abaixo do esperado, uma vez que o seu valor é reconhecido pelos consumidores nos EUA.