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Stellantis Mangualde: Comissão de Trabalhadores declara apoio à greve geral

A Comissão de Trabalhadores da Stellantis Mangualde criticou a proposta laboral, que tem sido defendida pelo executivo, e defendeu que não abdica de: estabilidade no emprego, horários dignos, aumentos salariais, direitos parentais, negociação coletiva. A Comissão de Trabalhadores da AutoEuropa também já tinha aderido à greve geral de 11 de dezembro.
28 Novembro 2025, 13h45

A comissão de trabalhadores da Citroen Lusitana (Stellantis Mangualde) declarou o seu apoio incondicional, esta sexta-feira, à greve geral de 11 de dezembro, que foi convocada pela CGTP e UGT. Em causa está a nova lei laboral, que tem sido defendida pelo executivo, liderado por Luís Montenegro.

Os principais motivos invocados pela Comissão de Trabalhadores para se juntar à greve geral foram, de acordo com documento a que o JE teve acesso, os seguintes: “Facilitação de despedimentos: eliminação de obstáculos aos despedimentos sem justa causa; Alargamento dos períodos experimentais: extensão do período de prova para além do razoável eliminação de horários fixos: imposição de flexibilidade horária unilateral e desregulada; limitação da negociação coletiva: restrições à ação sindical e à contratação coletiva; congelamento salarial: bloqueio na atualização salarial face à inflação; redução de direitos parentais: cortes nas licenças de parentalidade e proteção familiar; alargamento do trabalho precário: expansão das modalidades de contratação temporária; restrições ao direito à greve – limitações ao exercício deste direito constitucional; incentivos ao outsourcing – favorecimento da externalização em detrimentos dos quadro permanentes”.

A comissão de trabalhadores defendeu que não abdica de: estabilidade no emprego, horários dignos, aumentos salariais, direitos parentais, negociação coletiva.

Comissão de Trabalhadores da AutoEuropa já se tinha juntado à greve

Dentro do setor automóvel a Comissão de Trabalhadores da AutoEuropa já tinha anunciado, na semana passada, a sua adesão à greve geral de 11 de dezembro.

“Esta greve é uma resposta necessária e justa ao pacote laboral que o Governo quer impor e que representa um ataque frontal aos direitos conquistados durante décadas. A justificação do Governo para o aumento da produtividade esbarra no exemplo da Autoeuropa que há muitos anos é uma das empresas mais produtivas do Grupo Volkswagen e de Portugal”, segundo o comunicado.

A Comissão de Trabalhadores deixou críticas à nova legislação laboral destacando: “facilitação dos despedimentos e aumento da precaridade”, o aumento da “desregulação dos horários (flextime) e maior exploração do trabalho por turnos e fins de semana”, “alargamento dos serviços mínimos, esvaziando o direito à greve”, “redução de direitos parentais”, “mais outsourcing e menos segurança no emprego”.

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