Para o norte-americano Joseph Stiglitz, prémio Nobel da Economia em 2001, “o caminho mais fácil é que a Alemanha saia do euro”.
Em entrevista à agência France Presse, Stigltiz pede “mais Europa e menos austeridade e relembra: “A ideia de que através da austeridade pode alcançar-se o pleno emprego e a prosperidade é rejeitada pela maioria dos economistas, recusada pelo FMI, mas parece que é convicção generalizada no interior do Governo alemão.”
Sobre as decisões adoptadas na zona euro, o economista critica: “O que fizeram foi colocar o carro à frente dos bois, ou seja, tentaram criar o euro antes de haver as instituições necessárias.” O euro foi, no seu entender, uma bênção “para poucas pessoas e banqueiros que, desse modo, puderam movimentar o seu dinheiro de modo livre por toda a zona euro”.
Na entrevista, Joseph Stiglitz volta a dizer: “É preciso mudar as regras quando as regras estão erradas, caso contrário as consequências serão desastrosas. Amarraram os países da Europa de pés e mãos e também amarraram o BCE ao solicitar-lhe que concentre os seus esforços apenas na inflação.”
Aos 73 anos, Stiglitz ainda dá aulas na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, e tem um novo livro já lançado em Inglaterra – “The euro: how a common currency threatens the future of Europe” (Hardcover) – e traduzido para francês como “L’euro: comment la monnaie unique menace l’avenir de l’Europe” (Les Liens qui Libèrent).
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