A loja é um dos ícones da elegância em Lisboa. É uma das duas únicas lojas em todo o mundo onde se vende Chanel, fora das boutiques da marca – e assim é há mais de 20 anos. Essa parceria entre as duas marcas deu mais um passo há coisa de um ano, quando a Stivali inaugurou um corner exclusivo Chanel dentro da sua loja. “Nessa altura”, conta Manuel Casal, um dos dois sócios da Stivali (junto com Eckhard Frank) “algumas marcas com quem tínhamos boas relações perguntaram se não queríamos fazer o mesmo com eles”. A ideia estava lançada, e da ideia à concretização passou menos de um ano, obras feitas na maior descrição para não incomodar as clientes. “Nem imagina o pesadelo que foi, mas ninguém percebeu”. Abriu-se um lanço de escadas e um novo andar no piso superior, desenhado pela arquiteta Cristina Jorge de Carvalho.
A nova loja inaugurava assim mais duas shop-in-shop, da Valentino e da Saint Laurent, mas também corners personalizados das marcas Fendi, Dolce&Gabanna, Chloé, Moncler e Roger Vivier. No caso da Fendi tratou-se inclusivamente de um regresso a casa, depois de alguns anos afastada e, no caso da Roger Vivier, uma estreia absoluta em Portugal. Roger Viver é creditado como tendo sido o inventor dos Stiletto, pelo que se trata de uma marca icónica “com apenas seis espaços destes em todo o mundo” acresecenta Manuel Casal para reforçar a importância.
A Shop in Shop da Valentino situa-se agora no piso térreo, perto da Roger Vivier e depois da Chanel. Para o novo piso ficaram as restantes marcas. Trata-se de um espaço de tons nus, luminoso, onde a pedra, o aço e os espelhos criam um contraste de texturas que serve de tela para os espaços das marcas. Foi um enorme trabalho de várias equipas, portuguesas, italianas e francesas (cada marca enviou também os seus representantes) para conseguir unir a imagens da loja com o de cada uma. No mesmo andar pode também desfrutar de um pequeno pátio exterior, ideal para descansar um pouco antes de voltar às compras. Existe também uma zona reservada, criada com o intuito de garantir privacidade das clientes que, como Manuel Casal gosta de referir, “são maioritariamente portuguesas e já nos conhecem muito bem”. Isto apesar de ter cada vez mais clientes internacionais, “muitas residentes, mas também várias turistas. Não imagina a quantidade de visitantes que veem aqui comprar um vestido Eliee Saab só porque têm um jantar essa noite”.
Apesar do espaço ter duplicado, “a maioria da oferta continua a não estar exposta.” A ideia da Stivali nunca foi chegar ver e comprar, mas antes oferecer um serviço verdadeiramente personalizado.
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