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Stratesys cria dois hubs em Portugal com objetivo de servir Europa

Em 2024 a Stratesys faturou globalmente 130 milhões de euros [vindos de 10 países] com quatro milhões de euros produzidos a partir de Portugal.
11 Novembro 2025, 07h00

Em 2023 a Stratesys criou dois hubs em terras lusas. A experiência tem corrido bem e a intenção é que estas estruturas criadas em Portugal alimentem o mercado europeu, em concreto a Europa central, revela o diretor da empresa em Portugal, Tiago Lopes, ao Jornal Económico (JE). Em 2024 a empresa faturou globalmente 130 milhões de euros [vindos de 10 países] com quatro milhões de euros produzidos a partir de Portugal. A operação lusa cresceu 30%, no ano passado, e até final deste ano deve subir número de colaboradores para 120.

O primeiro hub surgiu em 2023, é baseado na plataforma BTP, da SAP, que serve para integração, desenvolvimento, e analítica, e já conta com 35 pessoas a trabalhar em Portugal.

“Existe um grande volume de projetos até mesmo internacionais nesta área e queremos que Portugal seja um eixo para dar suporte a este tipo de projetos para a Europa. E tem também a parte desenvolvimento de aplicações e integração em DDT, uma tecnologia da SAP”, salienta Tiago Lopes.

O segundo hub surgiu mais para o final de 2023, conta com 20 pessoas, e é baseada numa solução também da SAP o S/4 Hana, dirigida para a gestão empresarial.

Academia da Stratesys aposta em recém licenciados

Tiago Lopes faz um balanço positivo dos resultados obtidos por estes dois hubs. E esta satisfação vem também das ‘sementes’ plantadas na academia da Stratesys. A empresa, em território luso, tem apostado em ir buscar recém-licenciados às universidades, maioritariamente nas áreas tecnológicas e de gestão financeira.

“Damos formação para as áreas que as empresas procuram, como por exemplo em inteligência sap, inteligência artificial, cibersegurança, e data. Depois incorporamos essas pessoas nas nossas equipas, muitas vezes em projetos internacionais”, diz Tiago Lopes sobre o processo de formação de colaboradores que decorre na Stratesys.

“Isso permite acelerar a sua capacitação. Faz-se uma ponte entre mundo universitário e empresarial. Neste momento diria que entre 30% a 40% da nossa força de trabalho em Portugal são pessoas que recrutamos cujo primeiro emprego qualificado foi connosco e que se mantêm connosco. Algumas destas pessoas já são teams leaders [ou líderes de equipas] e estão também envolvidos em projetos internacionais. E alguns deles no seu dia-a-dia utilizam pelo menos três idiomas [português, espanhol, inglês]”, salienta o diretor da Stratesys em Portugal.

Tiago Lopes considera que isso mostra a capacidade de Portugal, e dos recursos portugueses, em “aprenderem, se adaptarem e de trabalharem em ambientes multiculturais e de falarem mais do que um idioma”.

Este fatores, sublinha Tiago Lopes, foram alguns dos motivos que levaram à criação dos dois hubs. “Reconhecemos essa capacidade e esse talento, e é por isso que estas equipas estão muito direcionadas para trabalhar com projetos em Portugal e lá fora”, destaca o diretor da Stratesys em Portugal.

Tiago Lopes diz ainda que o hub dedicado à plataforma BTP tem sido “curioso” tendo em conta que se tem feito trabalhos de aplicações e de integrações complexas em empresas tipicamente IBEX 35 [índice da bolsa espanhola] e algumas do PSI [índice bolsista português]. “E o que temos encontrado é que em média conseguimos ter talento mais capacitado e com maior capacidade de entender o cliente e e de chegar a uma boa solução tecnológica em Portugal do que temos tido nos outros países”, revela o diretor da Stratesys em Portugal.

“Eu tenho o prazer de para além de liderar o negócio em Portugal, também lidero a área tecnológica dentro da Stratesys de desenvolvimento em tecnologias SAP. Sou responsável por equipas presentes em 10 países. E do ponto de vista tecnológico Portugal é claramente um dos países onde temos dos melhores. Estas equipas estão preparadas para trabalhar em Portugal e no estrangeiro”, reforça Tiago Lopes.


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