A multinacional tecnológica, Stratesys, identificou sete tendências que vão transformar o setor da Construção ao longo de 2025 que “não só prometem um impacto positivo no ambiente, como também têm como objetivo melhorar a eficiência, reduzir os custos e garantir a segurança dos trabalhadores”.
Segundo a empresas, estas sete tendências não só visam otimizar os processos e melhorar a sustentabilidade, como também estão a abrir caminho para uma indústria mais conectada, segura e preparada para o futuro
Pablo Meijide, Managing Partner, Infrastructure, Construction and Real Estate da Stratesys, refere que “a transformação da indústria da construção não consiste apenas na implementação de novas tecnologias, mas na sua integração de forma a otimizar os processos, impulsionar a sustentabilidade e reforçar a segurança em todas as fases do ciclo de vida de um projeto”.
“Na Stratesys, estamos empenhados em liderar esta transição com base na nossa experiência em digitalização e integração de sistemas. A nossa colaboração com a Plataforma Tecnológica Espanhola da Construção (PTEC) reforça o nosso compromisso de colocar o conhecimento e as soluções inovadoras ao serviço de uma indústria que está a redefinir o seu futuro”, detalha o mesmo gestor.
Quais são então as sete tendências?
A primeira é que a construção será cada vez mais sustentável e com materiais inovadores. “A sustentabilidade já não é opcional, mas sim um fator crucial e fundamental. A utilização de materiais reciclados e amigos do ambiente, como o betão com baixo teor de carbono ou a madeira certificada, está a aumentar”, destaca a Stratesys.
Entre as inovações destacam-se o “tijolo solar” espanhol, que integra células fotovoltaicas para gerar energia renovável. Esta transição não só reduz o impacto ambiental, como também responde à crescente procura de práticas responsáveis por parte dos consumidores.
A segunda tendência é a “construção modular e pré-fabricada”. A Stratesys diz que a abordagem modular “está a transformar a forma como construímos”.
“Ao fabricar componentes em ambientes controlados, é possível reduzir os prazos de entrega e atenuar problemas como a falta de mão de obra qualificada. Este método também minimiza o impacto ambiental e melhora a precisão, tornando o pré-fabrico uma opção viável e sustentável para projetos de grande escala”, refere.
Depois surge a “economia circular e eficiência energética”. Aqui a Stratesys diz que a economia circular está a transformar a forma como os edifícios são concebidos e construídos. “Facilitar a desmontagem e a reciclagem no final do ciclo de vida dos materiais incentiva a sua reutilização”, explica a tecnológica. “Em simultâneo, é dada prioridade à eficiência energética, com conceções e tecnologias inovadoras que reduzem o consumo, em conformidade com os objetivos globais de sustentabilidade”, acrescenta.
A quarta tendência é a “segurança no trabalho e bem-estar dos trabalhadores”. A Stratesys defende que “garantir a segurança no setor da construção continua a ser uma prioridade máxima”.
Sugere tecnologias como sensores vestíveis, capacetes inteligentes e exoesqueletos estão a transformar as condições de trabalho, “reduzindo significativamente os riscos associados ao trabalho no local e aumentando a produtividade das equipas”.
“Esta evolução reflete um setor que não só está a adaptar-se aos desafios atuais, como também reafirma o seu compromisso com a inovação, a sustentabilidade e, acima de tudo, o bem-estar geral das pessoas”, acrescenta.
Em quinto lugar surge a digitalização e BIM (Building Information Modelling). “A adoção de metodologias como o BIM permite a integração precisa de dados técnicos, favorecendo a colaboração e melhorando o planeamento dos projetos. A sua implementação progressiva está a tornar-se um padrão, otimizando a eficiência e reduzindo os erros. Além disso, o BIM possibilita a aplicação da inteligência artificial, transformando os dados recolhidos em informações úteis para o setor”, defende a Stratesys.
Em sexto a Stratesys aponta que a Inteligência Artificial e automação de processos “está a revolucionar a construção, ao otimizar o planeamento e reduzir os custos. Casos de utilização como o reconhecimento de imagens para segurança, drones para inspeções e robôs para tarefas repetitivas já são uma realidade”.
No entanto, diz, “a indústria ainda precisa de superar desafios como a qualidade dos dados para aproveitar todo o potencial da IA”
Por fim, surge a cibersegurança na construção. O aumento da digitalização e da conectividade “expõe o setor a riscos cibernéticos, como o roubo de dados ou a sabotagem operacional”, refere a Stratesys.
Pelo que, “a proteção de dados críticos, por meio de soluções como a encriptação, os sistemas de deteção de intrusão e a autenticação multifator, tornou-se uma prioridade”.
Além disso, diz a Stratesys, “a regulamentação das infraestruturas críticas está a conduzir a normas mais rigorosas, tornando a cibersegurança um aspeto essencial da confiança operacional e da sustentabilidade”.
O setor da construção está a passar por uma profunda transformação, marcada pela necessidade de adaptação a um ambiente cada vez mais exigente.
“Com desafios como a sustentabilidade, a digitalização e a escassez de mão de obra qualificada, o setor enfrenta uma pressão sem precedentes para se modernizar”, diz a Stratesys que cita dados recentes do World Green Building Council, que revelam que a construção e os edifícios são responsáveis por 39% das emissões globais de CO₂ relacionadas com a energia, sublinhando a urgência de adotar práticas mais sustentáveis e tecnologias avançadas.
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