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Suavizar a História? Nunca, nem com maquilhagem

Tiago Correia põe em cena o desassossego de quem procura uma vida melhor e as contradições de quem, podendo fazer o bem, acaba por escolher a cor do dinheiro. Um destino feito de muita ironia.
1 Março 2025, 09h00

Portugal, início da década de 70. Um grupo de jovens tenta passar a fronteira a salto, em busca de melhores condições de vida. Tudo acontece. São perseguidos, têm um acidente de carro que os coloca em risco de vida e obriga a fazer escolhas difíceis. Em “O Salto”, peça escrita e encenada por Tiago Correia, estão nas mãos de um jovem passador, num texto que se inspira em testemunhos reais para desconstruir memórias e pôr a nu as contradições dos personagens. Eis a primeira parte do díptico sobre migrações. Mas já lá vamos.

Tiago Correia não se coíbe de pôr em cena temas tabu, como fugir da guerra, da fome, da opressão, em busca de um futuro melhor, ainda que a indefinição seja a única certeza. Interessa-lhe refletir e interpelar o público a participar nessa reflexão.

Até porque se apercebeu, ao longo da investigação que levou a cabo sobre a emigração clandestina portuguesa, que “as pessoas não têm problemas em falar sobre as motivações para emigrar, mas fala-se pouco da travessia em si e da miséria que por vezes se encontra do outro lado”, explicou Tiago Correia numa entrevista.

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