A portuguesa Sword Health estabeleceu uma parceria com o Governo da Grécia para criar a primeira linha de informação de Saúde e triagem telefónica, alicerçada em inteligência artificial. A empresa fundada por Virgílio Bento assume gestão tecnológica da linha de Saúde do SNS da Grécia.
A linha grega foi construída com os mesmos princípios da portuguesa Linha SNS 24, e irá orientar os cuidados de saúde de mais de 10 milhões de cidadãos, “com garantia de estabilidade sazonal e tempos de atendimento muito curtos, apenas possíveis através da articulação de modelos certificados de inteligência artificial e equipas clínicas”, explica a tecnológica da saúde criada em 2015.
A tecnologia a aplicar foi desenhada pela Sword Intelligence, a divisão de gestão de cuidados com IA da Sword Health,
A Sword Health explica que a colaboração começará pela transformação da Linha Nacional de Informações de Saúde (1566), o primeiro ponto de contacto de milhões de cidadãos com dúvidas ou a necessidade de aceder ao Serviço Nacional de Saúde grego. De seguida, com base nos resultados obtidos e na avaliação externa independente, incidirá sobre a transformação digital da linha de Emergência Médica (166), homóloga do Centro de Orientação dos Doentes Urgentes (CODU) do INEM Português. “Até ao final de 2026, ambas as linhas estarão alicerçadas numa das mais sofisticadas estruturas de inteligência artificial do mundo”, assegura a empresa.
Ao integrar inteligência artificial nos processos de triagem e coordenação, o Governo grego tem como objetivo expandir a sua capacidade, melhorar os tempos de resposta, e prestar melhor apoio a nível nacional, além de adicionar resiliência para lidar com picos repentinos de procura.
Ao absorver as flutuações da procura e direcionar os pacientes, de forma mais eficiente, para os serviços mais adequados, o sistema fortalece as equipas e amplia a sua capacidade, tal como acontece em Portugal com a Linha SNS24.
Virgílio Bento, CEO da Sword Health, citado na nota, explica que “os sistemas de saúde em todo o mundo estão sob uma pressão enorme e a capacidade de resposta não acompanha as necessidades das pessoas e os custos continuam a crescer para os cidadãos. A única forma de resolver este paradoxo – removendo as barreiras no acesso a cuidados de saúde de elevada qualidade e, ao mesmo tempo, reduzindo custos – é usar a inteligência artificial para ampliar a capacidade das equipas clínicas existentes. É exatamente esse o modelo que vai determinar o futuro da saúde em todo o mundo”.
“Não restam dúvidas de que a inteligência artificial fará parte do futuro da gestão dos sistemas de saúde. A única questão é quem serão os líderes com coragem para liderar essa transformação”, defende o CEO da Sword Health.
O fundador da empresa tecnológica sublinha que “a Grécia, um país que foi pioneiro em tantas coisas que definem o nosso mundo atual, desde a democracia e a filosofia à medicina e à ciência, vai agora liderar mais uma transformação, com a sua visão inovadora de usar a inteligência artificial para expandir o acesso a cuidados de saúde de alta qualidade a toda a população”.
“Tenho a certeza de que, muito em breve, veremos muitos outros países a replicar o que está a ser feito entre a Sword e a Grécia neste momento”, explica Virgílio Bento.
O unicórnio português é pioneiro na prestação de cuidados de saúde através da inteligência artificial, um modelo escalável que garante o acesso aos melhores cuidados de saúde, a qualquer hora e em qualquer lugar, reduzindo significativamente os custos para as seguradoras, empregadores, sistemas nacionais de saúde e outras organizações de saúde. A Sword começou por reinventar o tratamento da dor física com IA e, desde então, expandiu a sua ação para a saúde pélvica e saúde mental
A Sword Health está avaliado em 3,5 mil milhões de euros.
No início do mês, a portuguesa Sword Health anunciou que vai investir 250 milhões de euros até 2028 para criar um hub mundial de inovação para o uso de inteligência artificial em saúde em Portugal.
O unicórnio disse ainda na altura que o investimento anual da empresa em recursos humanos nos próximos três anos duplicará, para 60 milhões de euros, acompanhando o crescimento da equipa a operar em Portugal, que passa de 500 para mais de 930 pessoas.
O número de engenheiros mais do que duplicará durante esse período, passando de 340 para mais de 700, com os recursos humanos a serem um dos pilares estratégicos do investimento a par da infraestrutura tecnológica e da investigação e desenvolvimento,
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