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T-Charge. Londres implementa imposto sobre veículos poluentes

Para poderem circular na cidade de Londres, os veículos Diesel mais poluentes terão, a partir desta segunda-feira de pagar uma taxa diária de dez libras (11,2 euros), a mais recente forma de a capital britânica combater a poluição atmosférica.
Gleb Garanich/REUTERS
23 Outubro 2017, 11h41

A partir desta segunda-feira, os condutores de veículos Diesel com maior índice de poluição que queiram circular na cidade de Londres terão de pagar a “T-Charge”, a tarifa diária de 10 libras (cerca de 11,2 euros) que é a mais recente arma da autarquia da capital britânica no combate à poluição atmosférica. De acordo com o gabinete de Sadiq Khan, o mayor da cidade, cerca de oito milhões de londrinos habitam em zonas da cidade em que a qualidade do ar é inferior aos limites mínimos impostos pela Organização Mundial de Saúde.

“A vergonhosa escala da crise de saúde pública que Londres enfrenta, com milhares de mortes prematuras causadas pela poluição do ar, tem de ser abordada”, afirmou Khan em comunicado enviado à comunicação social e citado pela Bloomberg. “O dia de hoje marca uma nova efeméride neste percurso, com a introdução da T-Charge, que pretende encorajar os condutores a pôr de lado veículos poluentes e perigosos”.

Segundo a agência noticiosa, a T-Charge será paga, na sua maioria, por condutores de veículos Diesel registados antes de 2006 e não substitui a taxa já existente relativa ao congestionamento, o que quer dizer que os condutores passarão a ter de pagar um total de 21,50 libras (24,1 euros) por dia para levar os veículos afetados para a zona central da cidade, que a partir de 2019 estará reservada ao trânsito de veículos de emissões ultra reduzidas.

A medida, que afetará até 34 mil veículos mensalmente – de acordo com a autarquia londrina – foi aplaudida por organizações como a Fundação Britânica do Coração e a Greenpeace. “Londres junta-se, assim, a Paris, Copenhaga e outras cidades progressistas na tomada de medidas urgentes para retirar das ruas veículos Diesel poluentes”, afirmou Rosie Rogers, da Greenpeace, à Bloomberg. E acrescentou: “A bola está agora do lado do Governo nacional, que deve compreender a urgência desta situação e tomar medidas mais significativas para reduzir os níveis da poluição atmosférica, que está a afetar a saúde das pessoas um pouco por todo o Reino Unido.”

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