A comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga a gestão da transportadora aérea TACV desde 1975 – data da independência de Cabo Verde – até hoje, vai retomar as audições dos principais intervenientes na gestão da companhia na segunda-feira, 5 de Março.
Ao todo, vão ser ouvidas 26 personalidades, entre as quais o actual presidente do conselho de administração da TACV, José Luís Sá Nogueira, o ministro da Economia e Emprego, José Gonçalves, e o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia.
Segundo o mapa de entrevistas disponibilizado pela Assembleia Nacional, serão ainda ouvidos o comandante Eduíno Moniz, ex-administrador da empresa; Rui Araújo, antigo assessor jurídico da ex-ministra das Finanças, Cristina Duarte; e Manuel Inocêncio Sousa, ex-ministro das Infra-estruturas.
O antigo ministro das Infraestruras e Transportes Teófilo Figueiredo e o antigo ministro das Infraestruturas e da Economia Marítima José Maria Veiga também estão na lista.
Esta CPI tem agendadas audições também com antigos gestores e ex-representantes dos pilotos, do pessoal de cabine e funcionários.
Desde Novembro de 2017 já foram ouvidos antigos gestores e governantes com a tutela da empresa no período inicial de actividade. Na segunda fase, entre 29 de Janeiro e 2 de Fevereiro, estiveram diante da CPI os dirigentes mais recentes da companhia aérea de bandeira cabo-verdiana.
Criada em Julho, a CPI que investiga a gestão na TACV surgiu por proposta do MpD, partido no poder, que antecipou uma outra proposta do PAICV, partido maioritário na oposição
De lembrar que a transportadora aérea nacional deixou de fazer voos domésticos em Agosto de 2017, tendo o Governo atribuído à Binter CV – de capital das Canárias – o monopólio nas ligações inter-ilhas, ficando a TACV apenas com a vertente internacional, a cargo da Icelandair, companhia islandesa de aviação.
O grupo de Rejkiavik assinou um acordo, válido por um ano, com o Governo de Cabo Verde para a gestão da operação internacional da companhia e reestruturação da empresa com vista à sua privatização.
A companhia aérea pública cabo-verdiana acumula mais de 100 milhões de euros de passivo.
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