TAP diz que está disponível para ficar com slots da easyJet em Lisboa
O presidente-executivo da TAP disse também que as rotas para o Brasil e a América do Sul estão entre os maiores ativos estratégicos da companhia aérea.
O presidente da TAP, Luis Rodrigues, usa da palavra durante um almoço da Associação Hotelaria de Portugal, no Hotel Altis, em Lisboa, 02 de outubro de 2023. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
9 Dezembro 2025, 19h31
A TAP garantiu esta terça-feira que está disponível para ficar com slots da easyJet em Lisboa, isto no cenário de a companhia libertar alguns no futuro.
“Há pouco tempo falava-se que a easyJet podia ser absorvida… também estava disponível para ficar com slots deles, se isso fosse o caso”, disse hoje o presidente-executivo da TAP em conferência de imprensa em Lisboa.
Luís Rodrigues aproveitou assim para dar uma canelada ao diretor-geral da easyJet Portugal que mostrou-se recentemente disponível para ficar com slots da TAP em Lisboa. José Lopes previu que a companhia seja obrigada a disponibilizar em Lisboa faixas horárias para descolagens/aterragens à luz das regras europeias de concorrência.
O presidente-executivo da TAP disse hoje que as rotas para o Brasil e a América do Sul estão entre os maiores ativos estratégicos da companhia aérea.
Questionado hoje sobre quais considera ser os maiores ativos estratégicos da TAP, na ótica de um interessado na empresa, Luís Rodrigues não teve dúvidas: “A nossa posição estratégica no mercado sul-americano. No pódio, elegeria as rotas para o Brasil e para a América do Sul”.
Depois, vem a “operação de manutenção a todos os níveis que é definitivamente um ativo estratégico que a companhia tem. Dá cartas a nível mundial”.
Em terceiro, a “qualidade das nossas pessoas”, disse hoje em conferência de imprensa em Lisboa.
Sobre a venda da sua empresa de catering e a participação de quase 50% na empresa de handling Menzies deverão ficar de fora da privatização da TAP.
A venda destas empresas estava previsto no plano de reestruturação até ao fim deste ano, mas tal não vai acontecer.
“Essa é uma questão que o Governo é que tem de responder, porque é quem define o perímetro da privatização”, afirmou. “Não foi possível fazer tudo ao mesmo tempo”, afirmou, sobre o timing.
Sobre se a TAP vai acrescentar novos destinos em 2026, o gestor disse que “qualquer dos sete continentes seria uma probabilidade, mas que ainda é prematuro” adiantar rotas.
Mas revelou que o aeroporto de Hong Kong “fez um pitch significativo” para a TAP voar para a Região Administrativa Especial chinesa, mas que isso “ainda está em consideração” a par de “muitos outros destinos onde a companhia pode operar”.
Sobre datas da privatização, disse que gostaria que “ficasse fechado em 2026”. “Eu sempre fui defensor do processo… que se feche o melhor possível, o mais rapidamente possível”.
Sobre o aumento de slots em Lisboa, disse esperar que haja mais uma ou duas slots no aeroporto.
“As obras do chamado Pier Sul já começaram e vão aumentar significativamente a capacidade de encosto em mangas e a eficiência da operação e o bem estar dos passageiros. Neste momento, é o mais importante”, adiantou.
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