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TAP: Governo Central descrimina interesses da Madeira, diz PSD-Madeira

O PSD considera que os cidadãos madeirenses financiam a TAP em duas frentes: por um lado, através dos impostos pagos, e por outro, pelos preços “inflacionados” das viagens.
Créditos: Élvio Fernandes
24 Novembro 2021, 10h56

O Partido Social Democrata (PSD), representado pelo deputado Brício Araújo, acusou o Governo da República, no âmbito do processo de reversão da privatização da TAP, de descriminar os interesses da Madeira em prol de uma política focada “numa lógica fria de mercado” que sacrifica a coesão territorial, agrava a condição insular da região e prejudica as comunidades emigrantes madeirenses.

O deputado Brício Araújo declarou na Assembleia Legislativa da Madeira que “o Estado é hoje o dono da TAP”, na medida em que é acionista maioritário da empresa em 98% e injetou na empresa já 3,2 mil milhões de euros que “sacrificaram os contribuintes portugueses para tentar salvar uma empresa insolvente e cheia de vícios”.

O PSD considera que os cidadãos madeirenses financiam a TAP em duas frentes: por um lado, através dos impostos pagos, e por outro, pelos preços “inflacionados” das viagens.

Posto isto, o deputado do PSD criticou o Estado por não assegurar os interesses dos cidadãos madeirenses e porto-santenses, visto que, a seu ver, “o Estado é o acionista que tem a obrigação de definir e concretizar perante a administração da empresa os interesses públicos nacionais”, mas “inexplicavelmente continua a não apresentar um plano estratégico de recuperação claro, consistente e transparente”, acusou Brício Araújo.

Deste modo, o PSD exigiu do Governo Nacional que “cumpra com os princípios da constituição” priorizando os interesses públicos e não “uma lógica fria de mercado baseada na oferta e na procura” numa “fixação cega por preços de algoritmo em relação à Madeira”.

Referindo-se ao recente investimento da Ryanair na região, o deputado do PSD acredita que “não é admissível que tenhamos que esperar que uma companhia irlandesa resolva aquilo que a nossa companhia hoje não resolve porque não quer mesmo resolver”.

“Os madeirenses não são clientes do Governo da República”, declarou o deputado. “O governo tem que assegurar a promoção dos princípios de unidade, equilíbrio e coesão territorial”, concluiu Brício Araújo.

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