[weglot_switcher]

Tarifas de Trump: empresas norte-americanas são as mais vulneráveis, aponta análise

As empresas estabelecidas nos EUA apresentam uma maior exposição à guerra comercial do que aquelas que fazem parte do continente europeu, de acordo com uma análise da XTB.
17 Fevereiro 2025, 14h38

As empresas norte-americanas estão mais expostas à guerra comercial lançada por Donald Trump do que as empresas europeias. Na origem estão os fluxos de comércio internacional, de acordo com uma análise da corretora XTB.

De acordo com os dados mais recentes, 15% das exportações dos EUA seguem viagem para a Europa, ao passo que 12% das importações chegam do continente europeu. Na Europa, o peso do mercado norte-americano é ainda mais acentuado, já que o mesmo absorve 22% das exportações europeias e pesa 14% nas importações.

Do outro lado do globo, a China apresenta uma interdependência menor no que diz respeito aos Estados Unidos da América. Prova disto é que 12% das exportações chinesas seguem para aquele país asiático, mas só 5,5% das importações chegam de território norte-americano. Em simultâneo, 4,5% das importações dos EUA chegam da China, ao passo que menos de 11% dos produtos exportados têm aquele mercado como destino.

Neste contexto, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 10% sobre as importações da China. Em resposta, o rival asiático anunciou tarifas entre 10% e 15% sobre as importações de produtos norte-americanas como o carvão, gás natural liquefeito, petróleo, máquinas agrícolas e automóveis.

Na calha está uma guerra comercial entre as duas maiores economias do globo, com o potencial de impactar muitas mais. Ora, de acordo com os analistas da XTB, as empresas norte-americanas apresentam um grau de exposição maior do que as europeias, que beneficiam de maior margem de manobra.

De qualquer modo, o grau de dependência do Canadá e do México em comparação com EUA é substancialmente mais acentuada.

Bolsa chinesa reage tranquilamente

Em 2018, durante o primeiro mandato de Trump, foram aplicadas tarifas similares. A consequência, no que diz respeito aos índices da bolsa de Pequim, foi uma queda generalizada, em reflexo de receios dos investidores. Porém, em 2025, a reação está a ser muito distinta.

A promessa de tarifas sobre determinadas economias, nomeadamente sobre a China, a par da resposta de Pequim, não levantou as mesmas dúvidas entre os mercados. De resto, a reação está até a ser positivo, com os índices de referência a reagirem em alta.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.