A política comercial norte-americana – e sobretudo a incerteza criada pelos seus avanços e recuos – está já a ter um impacto negativo no crescimento do país, arriscando ainda pesar sobre o emprego e investimento. Uma medida de análise em tempo real da Fed de Atlanta aponta para uma inversão considerável na atividade no país e, embora a recessão não esteja em cima da mesa, o crescimento no arranque do ano será mais fraco do que se esperava.
Esta semana viu serem colocadas em vigor as prometidas tarifas de Trump sobre importações vindas do Canadá e do México, além do acréscimo de 10% nas importações oriundas da China, políticas que arriscam seriamente agravar a inflação na maior economia do mundo. Confirmando-se este cenário, o consumo privado sofrerá, mas há outras vias pelas quais a componente externa está a ameaçar o crescimento norte-americano.
Os dados divulgados na passada sexta-feira mostram que os consumidores norte-americanos recuaram em janeiro os seus gastos, que caíram assim 0,2% em cadeia, o primeiro recuo do indicador desde março de 2023 (ajustando à inflação, a queda foi de 0,5%). Junta-se a isto o aprofundar do efeito negativo que as exportações líquidas estão a ter no PIB: de apenas -0,41 pontos percentuais (p.p.) na semana anterior, a componente externa passou a contribuir com -3,7 p.p..
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