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Tarifas: Marcelo considera que Montenegro marcou “uns pontinhos” com medidas anunciadas

“As medidas que foram anunciadas, concertadas com as confederações patronais, são prudentes, não foram rápidas, são cuidadosas porque estão a lidar com um homem que é imprevisível, não é um país que é imprevisível, é um homem que é imprevisível”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa à entrada para a Universidade Fernando Pessoa, no Porto, onde está a dar uma aula.
António Pedro Santos/Lusa
10 Abril 2025, 16h38

O Presidente da República considerou hoje que as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, para responder às tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos são “prudentes e cuidadosas” e permitem-lhe “marcar alguns pontinhos” em período eleitoral.

“As medidas que foram anunciadas, concertadas com as confederações patronais, são prudentes, não foram rápidas, são cuidadosas porque estão a lidar com um homem que é imprevisível, não é um país que é imprevisível, é um homem que é imprevisível”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa à entrada para a Universidade Fernando Pessoa, no Porto, onde está a dar uma aula.

Na sua opinião, a reação de Portugal, nomeadamente de Luís Montenegro, foi certeira.

“É evidente que ele está a marcar alguns pontinhos e a aproveitar para isso porque é Governo, mas teria sempre de o fazer”, sustentou.

Apesar de insistir que as medidas anunciadas hoje “objetivamente favorecem o Governo”, Marcelo Rebelo de Sousa salientou, contudo, que o executivo tinha “de dar a sua palavra” como fez a União Europeia.

O Governo preparou um conjunto de medidas “com um volume superior a dez mil milhões de euros” para responder às tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos, anunciou hoje o primeiro-ministro.

Luís Montenegro falava na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros dedicada às tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos da América, que se realizou na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.

“Portugal está ligado aos Estados Unidos da América por uma sólida amizade e uma intensa relação política e económica (…) Mas, por vezes, é preciso assumi-lo, até com os nossos grandes amigos temos algumas divergências”, disse.

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