As tarifas impostas pelos EUA às importações que chegam da Europa não vão ter um impacto tão significativo, ao passo que os maiores riscos vão afetar o setor automóvel e alguns setores com ligação ao consumo.
A conclusão é de uma análise de Christoph Berger, diretor de investimento (CIO) de ações da Europa na Allianz Global Investors.
Olhando para as empresas que fazem parte do MSCI Europe, perto de 26% das receitas chegam do mercados dos EUA. Ora, para que se compreenda o peso das tarifas, é necessário que se distinga entre “bens” e serviços, assim como bens importados e produção local, pode ler-se.
Do valor total, 9% chega dos serviços, 10,5% de bens produzidos nos EUA e 6,6% de bens exportados para aquele país. As duas primeiras categorias “são menos afetadas pelas tarifas”, ao passo que pouco mais de metade das receitas resultantes das exportações “estão, de alguma forma, protegidas”, de acordo com o responsável.
“Muitas empresas europeias têm produções localizadas ou vendem serviços/software que não deveriam estar no foco das tarifas”, aponta Berger.
Por outro lado, os riscos mais significativos centram-se nos fornecedores originais do setor automóvel e em determinados setores ligados ao consumo.
Em simultâneo, há três fatores determinantes para as empresas europeias afetadas pelas tarifas. É o caso do eventual aumento dos preços para o consumidor final, em função das tarifas. Segue-se a pegada de produção no contexto das tarifas e a elasticidade dos preços praticados.
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