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Tarifas: Pequim pede formalmente a Tóquio que coordene resposta com China

O Governo chinês pediu hoje formalmente a Tóquio que coordene com Pequim uma resposta às medidas tarifárias adotadas pelos Estados Unidos, numa carta dirigida ao primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, informou a agência de notícias japonesa Kyodo. A carta, assinada pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, apela a essa cooperação face às “elevadas” tarifas impostas por Trump, […]
23 Abril 2025, 07h50

O Governo chinês pediu hoje formalmente a Tóquio que coordene com Pequim uma resposta às medidas tarifárias adotadas pelos Estados Unidos, numa carta dirigida ao primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, informou a agência de notícias japonesa Kyodo.

A carta, assinada pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, apela a essa cooperação face às “elevadas” tarifas impostas por Trump, o que, segundo Pequim, obriga os dois países asiáticos a “trabalhar em conjunto” para contrariar o protecionismo, disseram à agência fontes governamentais japonesas.

Questionado hoje sobre este assunto, o porta-voz do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, limitou-se a dizer que Tóquio e Pequim “estão sempre a comunicar a muitos níveis diferentes”, e evitou “comentar cada uma das conversações diplomáticas”.

Pequim já fez vários apelos diretos a Tóquio para que coopere face à política tarifária de Trump, embora a administração de Ishiba esteja reticente devido às preocupações com o que considera serem práticas chinesas prejudiciais ao comércio livre internacional, incluindo violações da propriedade intelectual e excesso de capacidade industrial em vários setores apoiados pelo Estado.

A administração Trump impôs tarifas adicionais de 145% sobre os produtos chineses, e a China aumentou as suas tarifas de retaliação para 125% e sublinhou a importância de manter o comércio “livre e aberto”.

A carta de Pequim surge depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter afirmado, na terça-feira, que as elevadas tarifas que impôs sobre as importações chinesas acabariam por “ser substancialmente reduzidas” e manifestou otimismo quanto à possibilidade de um acordo entre os EUA e a China.

A administração Trump espera chegar a acordos comerciais no próximo mês com a maioria dos países aos quais impôs taxas, mas a guerra comercial desencadeada pela sua política tarifária agressiva parece centrar-se numa disputa com a China.

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