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Taxa de desemprego no Reino Unido sobe para 3,9% até março

O aumento do desemprego terá sido sobretudo impulsionado pelas pessoas que estão desempregadas há mais de doze meses, sendo que também houve mais britânicos à procura de trabalho, segundo o ONS.
16 Maio 2023, 08h37

A taxa de desemprego no Reino Unido subiu para 3,9% no primeiro trimestre de ano, acima das previsões dos especialistas e do Banco de Inglaterra (BoE – Bank of England), o que deverá aliviar a pressão para nova subida dos juros por parte do banco central no próximo mês.

O aumento do desemprego em Terras de Sua Majestade terá sido sobretudo impulsionado pelas pessoas que estão desempregadas há mais de doze meses, sendo que também houve mais britânicos à procura de trabalho, segundo o relatório do Office for National Statistics (ONS) divulgado esta terça-feira.

Os dados mostram ainda que as empresas do país cortaram as folhas de pagamento em 136 mil em abril, para 29,8 milhões, o que significa a primeira queda no total de colaboradores contratados desde fevereiro de 2021. Apesar de esta ainda ser uma estimativa do ONS, que poderá rever os números daqui a semanas, o “Guardian” escreve que é “um sinal de que a economia perdeu força”.

O total de horas semanais trabalhadas foi de 1.052,0 mil milhões de janeiro a março de 2023, um aumento de 16,3 milhões em relação aos três meses anteriores. “O crescimento anual da remuneração média dos empregados em abril de 2023 foi maior no sector de outras atividades de serviços, com um aumento de 9,9%, e menor no sector de alojamento e restauração, com um aumento de 5,2%”, lê-se ainda no relatório do ONS.

Por outro lado, a subida nos ordenados no privado manteve-se nos 7% no trimestre, em linha com as expectativas do BoE. O salário médio mensal deverá fixar-se nas 2.233 libras (aproximadamente 2.565 euros).

“No geral, o mercado de trabalho ficou menos tenso em março e o crescimento regular dos salários do sector privado esteve em linha com as previsões do BoE. Isso ainda pode significar que a taxa de juro diretora atingiu o pico de 4,5%, mas a orientação da linha dura do banco central sugere que muito vai depender dos próximos dados do mercado de trabalho e dos dois indicadores de inflação do Índice de Preços no Consumidor (IPC)”, comentaram os analistas da Capital Economics, de acordo com o jornal espanhol “El Economista”.

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