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Taxa de esforço para comprar ou arrendar casa volta a subir no segundo trimestre

Cálculos do Idealista, através da base de dados da empresa ligada ao mercado imobiliário e informação estatística do INE, concluem que a percentagem do rendimento familiar necessária para adquirir e arrendar habitação em Portugal subiu quatro e cinco pontos percentuais, respetivamente.
23 Julho 2024, 09h38

A percentagem do rendimento familiar necessária para comprar ou arrendar uma habitação em Portugal aumentou em Portugal no segundo trimestre deste ano. Os cálculos do Idealista, através da base de dados do portal imobiliário e informação estatística do INE, concluíram que a taxa de esforço subiu cinco pontos percentuais (p.p.) nas rendas para 82% e quatro p.p. na aquisição de imóveis para 70% em relação ao mesmo trimestre de 2023.

Os maiores aumentos nestas taxas para arrendar aconteceram em Portalegre (10 p.p), Ponta Delgada, Vila Real, Setúbal, Viana do Castelo, Santarém, Viseu, Coimbra, Lisboa, Leiria e Faro (2 p.p.), enquanto a queda mais expressiva se registou em Beja (-8 p.p.)

“Lisboa e Funchal são as cidades que requerem o maior esforço por parte das famílias para arrendar uma casa, sendo necessário destinar 86% dos seus rendimentos, em ambas cidades. Segue-se o Porto (72%), Faro (70%), Setúbal (61%), Ponta Delgada (60%), Viana do Castelo (58%), Santarém (55%), Braga (53%), Évora (52%), Aveiro (51%), Leiria (48%), Coimbra (44%), Viseu (43%) e Beja (43%)”, lê-se ainda no relatório da empresa espanhola.

No caso da compra de casa, a percentagem de rendimentos que as famílias portuguesas precisam de alocar, aumentou em 12 das 20 capitais de distrito analisadas, sendo que este ranking de subidas homólogas é liderado pelo Funchal, onde a taxa de esforço passou de 96% para 108% (+12 p.p.). A cidade madeirense foi também aquela que registou a maior taxa de esforço para comprar casa entre abril e junho.

Leiria (+11 p.p.) e Bragança (+8 p.p.) completam o pódio dos aumentos no segundo trimestre. Porém, a taxa de esforço diminuiu em Viana do Castelo (-6 p.p.), Évora (-4 p.p.), Coimbra (-3 p.p.), Vila Real (-2 p.p.), Porto (-1 p.p.), Guarda (-1 p.p.) e Aveiro (-1 p.p.).

“Verifica-se que há seis capitais de distrito onde é possível comprar casa com uma taxa de esforço inferior à recomendada de 33% (em que a prestação da casa pesa menos de um terço do rendimento disponível da família): Bragança (32%), Santarém (31%), Portalegre (24%), Beja (23%), Castelo Branco (21%), e Guarda (16%)”, conclui o Idealista.

Para calcular o indicador que mede o impacto do custo da habitação no poder de compra do agregado familiar, o Idealista fez as contas à taxa de esforço como a percentagem anual do rendimento líquido médio do agregado familiar destinada ao pagamento do arrendamento de uma casa, por via da sua base de dados dos preços para cada cidade e informação quantitativa do INE.

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