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Taxa de poupança das famílias recua de máximos e fica nos 5,2% do PIB no segundo trimestre

A capacidade de financiamento das famílias nacionais vinha de um máximo histórico atingido no anterior trimestre de 2021, quando o indicador chegou aos 7% do PIB.
23 Setembro 2021, 12h50

A taxa de poupança das famílias portuguesas caiu para 5,2% do PIB, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), que divulgou esta quinta-feira os números das contas nacionais. Este valor representa uma diminuição de 2,3 pontos percentuais (p.p.) em relação ao último relatório das contas nacionais trimestrais, que apontava para um máximo histórico desta série.

A última divulgação deste indicador pelo INE revelou um novo máximo histórico da série, com a taxa de poupança das famílias a atingir os 7% do PIB nacional no final do primeiro semestre deste ano.

O INE justifica a queda do indicador com a diminuição da poupança bruta por parte das famílias, à medida que o consumo recupera e representa um aumento nos gastos familiares. Assim, com as despesas de consumo a crescerem 4,4% e o rendimento disponível a aumentar apenas 1,3% do rendimento disponível das famílias, a taxa de poupança recuou no segundo trimestre do ano.

O rendimento disponível, por sua vez, subiu com o contributo de 1,5 p.p. e 0,1 p.p. das remunerações e as outras transferências correntes, respetivamente, ao passo que os rendimentos de propriedade verificaram uma redução, o que se traduziu num impacto de -0,2 p.p. no indicador.

A nota do INE esclarece ainda que “as moratórias relativas ao pagamento de juros de empréstimos concedidas pelo setor das sociedades financeiras não têm impacto no saldo de rendimentos de propriedade”.

Assim, o rendimento disponível bruto das famílias per capita ascendeu aos 16,6 mil euros, um crescimento em cadeia de 1,4%. Apesar disto, o aumento deste indicador foi ainda inferior em 2,2 p.p. à taxa de variação do PIB nominal per capita, acrescenta a nota.

[notícia atualizada às 13h28]

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