A empresa de análise do mercado e-commerce e do comportamento dos consumidores Picodi comparou o gasto do regresso às aulas com os ordenados e concluiu que este ano o custo médio dos acessórios escolares para um aluno português corresponde a 9,3% de um salário médio em Portugal, ou seja, 824,19 euros (líquido). O mais caro da lista de compras é o material escolar artístico. Custa em média 25 euros.
Num grupo de 36 países, Portugal figura em 17.º lugar. Comparando com os alemães, que vão gastar “apenas” 4,7% do seu salário nos mesmos produtos, pode parecer que os preços de papelaria em Portugal são muito elevados. Porém, é o salário médio que faz a diferença. Segundo o estudo, os alemães ganham em média 2.302 euros por mês, ou seja, quase três vezes mais do que os portugueses.
A comparação com a Espanha traz idênticas conclusões. Os acessórios escolares vão custar aos espanhóis 5,62% do seu salário médio que em 2018 é quase duas vezes superior ao nosso.
Ainda assim, refere a Picodi, a situação de Portugal não é a pior na Europa. As despesas escolares vão afetar ainda mais o orçamento familiar dos russos (18,91%), romenos (13,37%), gregos (11,3%).
À nível mundial, colocar uma criança na escola de ponto de vista dos gastos em materiais escolares em comparação com o salário médio vai ser mais difícil para os moldavos (36,6%), nigerianos (54,74%) e vietnamitas (32,71%). Enquanto na Suécia, Canadá, França, EUA e Arábia Saudita a proporção dos gastos contra o salário médio não vai ultrapassar os 4%.
O cesto de compras da Picodi abrangeu 27 produtos das seguintes categorias: mochilas, papelaria, vestuário de Educação Física. Para calcular o preço médio dos produtos incluídos na pesquisa foram escolhidos itens pertencentes à categoria dos preços baixos e médios.
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