[weglot_switcher]

“Tempo das ilusões acabou” e UE tem de investir na defesa, diz Ursula von der Leyen

“A ordem securitária europeia estremeceu e muitas das nossas ilusões desmoronaram. Depois do final da Guerra Fria, muitos acreditavam que a Rússia podia ser integrada na arquitetura económica e securitária da Europa […], o tempo das ilusões acabou”, disse Ursula von der Leyen, perante o Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo, em França.
11 Março 2025, 09h37

A presidente da Comissão Europeia alertou hoje que o “tempo das ilusões acabou” e que, perante uma Rússia que investe mais em defesa do que toda a Europa, o bloco comunitário tem de ser responsável pela sua segurança.

“A ordem securitária europeia estremeceu e muitas das nossas ilusões desmoronaram. Depois do final da Guerra Fria, muitos acreditavam que a Rússia podia ser integrada na arquitetura económica e securitária da Europa […], o tempo das ilusões acabou”, disse Ursula von der Leyen, perante o Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo, em França.

A presidente do executivo comunitário acrescentou que já não é possível “confiar na proteção total” dos Estados Unidos: “Baixámos a nossa guarda.”

“Cortámos no nosso investimento em defesa, que era de cerca de 3% [do produto interno bruto] para menos de metade disso. Pensámos que estávamos a viver um dividendo de paz. Na realidade, só estávamos a viver um défice de segurança”, considerou.

A presidente da Comissão Europeia – antiga ministra da Defesa da Alemanha – defendeu que a UE “é chamada a ir mais longe no que diz respeito à sua própria segurança”.

“Não no futuro distante, hoje […], precisamos de uma defesa europeia e precisamos dela hoje”, sublinhou.

Ursula von der Leyen enunciou a estratégia apresentada na semana passada pela Comissão Europeia e discutida na reunião extraordinária do Conselho Europeu, inteiramente dedicada ao reforço da defesa da UE, nomeadamente o “REARMAR a Europa”, “que permitirá a mobilização de até 800 mil milhões de euros”.

O objetivo, para a presidente da Comissão Europeia, é colmatar o que disse ser uma discrepância no investimento em defesa, em comparação com o Moscovo gasta nesta área: “Hoje, o investimento é de pouco mais de 2% do PIB em defesa. Todas as análises apontam que precisamos de ir além dos 3%.”

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.