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Tensões comerciais entre a Irlanda do Norte e a Grã-Bretanha motivam pedido de intervenção da UE

As tensões à volta dos controlos de mercadorias à entrada da Irlanda do Norte, conforme ficara definido no acordo de saída do Reino Unido da UE, levaram à suspensão dos mesmos e a pedidos de intervenção da Comissão, a quem é pedido que concorde com a extensão deste período até 2023.
Kieran Doherty/Reuters
3 Fevereiro 2021, 12h15

O Reino Unido pediu uma extensão do período de diferimento nos controlos feitos às mercadorias transitando entre a Irlanda do Norte e o resto do território britânico, uma consequência do processo de saída do país da União Europeia. Conforme noticia a BBC, as tensões neste processo têm causado disrupções no abastecimento de supermercados norte-irlandeses, motivando pedidos de intervenção europeia.

Boris Johnson já pediu uma ação urgente da Comissão Europeia sobre o assunto, depois de os controlos terem sido suspensos esta terça-feira na sequência de ameaças aos trabalhadores que efetuam a verificação das mercadorias.

Parte do acordo do Brexit incluiu a permanência da Irlanda do Norte no mercado único europeu, o que pressupõe controlos dos bens que entram neste espaço. No entanto, um período transitório de tolerância foi definido nos primeiros três meses deste ano, abrangendo bens alimentares e de supermercado ou farmacêuticos, em que os controlos seriam relaxados.

Os britânicos pretendem agora uma extensão deste período até 2023, tendo para isso já pedido uma reunião urgente com o vice-presidente da Comissão, Milos Sefcovic. Boris Johnson e o ministro Michael Gove, o apontado para lidar com as negociações europeias, falam em quebra de confiança, enquanto que a primeira-ministra norte-irlandesa pede “soluções sustentáveis e duradouras”, em vez de “empurrar os problemas para daqui a uns anos”.

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