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Tensões comerciais vão definir o vencedor da ‘corrida’ dólar/euro

A economia dos EUA expandir-se-á três vezes mais rapidamente do que a economia da zona euro. No entanto, as posições longas em dólares induzem mais riscos a curto prazo.
20 Fevereiro 2025, 12h06

As preocupações com a presidência ‘Trump 2.0’ já estão profundamente precificadas no dólar norte-americano. As posições especulativas longas em dólares atingiram o seu nível mais elevado desde 2019, o que induz mais riscos bilaterais no curto prazo, especialmente em qualquer alívio renovado (mesmo que temporário) na frente tarifária, refere um novo research da responsabilidade de Thomas Hempell, chefe de investigação macro e de mercado da Generali Investments.

No entanto, frisa o analista, o dólar continuará a ser sustentado pelo excecionalismo dos EUA. A economia do país deverá expandir-se três vezes mais rapidamente do que a economia da Zona Euro. Riscos ascendentes para a inflação dos EUA farão com que a Reserva Federal reflita muito mais cuidadosamente sobre a sua flexibilização monetária. Isto deixará a diferença de taxas dos EUA elevada em relação aos seus principais pares.

Entretanto, “provavelmente ainda assistiremos a restrições comerciais mais severas por parte dos EUA, principalmente contra a China. As autoridades chinesas estarão interessadas em continuar a amortecer os ventos contrários. Mas novas tarifas consideráveis ​​dos EUA ainda pesariam significativamente sobre o yuan, que já está sobrecarregado pelo fraco crescimento chinês e pelas grandes diferenças de rendimento em relação aos EUA”.

Assim, “continuamos a esperar uma força moderada adicional do dólar em relação à maioria dos pares nos próximos meses, mesmo que de forma não linear. O par EUR/USD pode voltar a testar níveis abaixo de 1,03, embora a quebra da paridade provavelmente exigiria uma escalada severa das tensões comerciais dos EUA com a União”, conclui o analista.

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