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Terceiro trimestre pode ver “correção de mercado entre 5% a 10%”, aponta Banco Carregosa

A análise trimestral do Banco Carregosa coloca os mercados em linha para um correção que é vista com “bons olhos”, dado o baixo impacto dos “excelentes” resultados recentes na performance dos ativos.
23 Julho 2021, 18h57

O Banco Carregosa aponta para uma eventual correção dos mercados bolsistas no terceiro trimestre do ano, passando assim de uma estratégia maioritariamente procíclica para uma mais defensiva, que privilegie sectores mais defensivos como a saúde ou a tecnologia.

Nas suas previsões para o terceiro trimestre de 2021, o banco salienta os excelentes resultados das equities globais nos últimos dois trimestres, mas que tiveram pouco efeito em termos da performance dos títulos, o que sugere “que estes resultados já estivessem largamente descontados nos preços dos ativos”.

Como tal, a análise do banco perspetiva “uma eventual deceção na trajetória de crescimento dos lucros em 2021 (ou mesmo 2022)” como a principal ameaça aos mercados, na medida em que se apresenta como o motor mais provável de uma possível correção. A juntar a este efeito, as novas variantes do coronavírus afigura-se como outro dos principais riscos para as bolsas no futuro próximo.

Assim, o Carregosa vê “com bons olhos uma eventual correção de mercado entre 5% a 10%, para que o mercado possa, de seguida, retomar a sua trajetória ascendente”, o que leva o banco a alterar a sua estratégia atual.

“Continuamos a privilegiar nomes de qualidade, embora em setores mais defensivos como a saúde e a tecnologia, mantendo, no entanto, alguns nomes expostos à reabertura da economia, de forma a obter uma carteira equilibrada”, pode-se ler no Outlook Verão 2021, que refere ainda uma “sobreponderação à tecnologia, embora com menor exposição aos semicondutores por serem mais cíclicos”, e um reforço da preferência pelo sector da saúde “pela sua resiliência”.

Os sectores do turismo e lazer e dos materiais passam, “por uma questão de prudência”, a ser classificados como ‘neutros’, enquanto que a indústria baixa de avaliação, encontrando-se agora com menos ponderação no portfolio do Carregosa, tal como banca, energia ou o sector automóvel.

Em termos geográficos, a preferência do banco mantém-se no mercado europeu, sendo que a Suíça é apontada como “um mercado apetecível neste contexto defensivo”. Já os mercados emergentes merecem agora maior prudência, conclui a análise.

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