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Tiago Mayan considera “inaceitável” que Ana Gomes mantenha espaço de comentário na SIC Notícias

Candidato presidencial apoiado pela Iniciativa Liberal lançou também ataques a Marcelo Rebelo de Sousa, André Ventura, Marisa Matias e João Ferreira, defendendo que “a cada sinal de instrumentalização, a cada quebra da confiança investida pelos eleitores, a democracia enfraquece”.
Tiago Mayan
Tiago Mayan
15 Setembro 2020, 12h22

Tiago Mayan Gonçalves criticou Ana Gomes por manter o seu espaço de comentário semanal na SIC Notícias após ter anunciado a candidatura à Presidência da República. Para o candidato que avança para a corrida ao Palácio de Belém com apoio da Iniciativa Liberal, é “inaceitável” que a antiga eurodeputada socialista não tenha interrompido de imediato a colaboração com o canal televisivo, tendo aproveitado para questionar a inclusão de António Costa na comissão de honra de Luís Filipe Vieira no domingo passado.

“Numa eleição presidencial, até pela natureza de escolha pessoal que envolve, exige-se aos candidatos que se apresentem como exemplo do respeito e lealdade democráticos. É por isso com espanto que constato alguns comportamentos que se afastam desse referencial ético. Desde logo, vimos candidatos utilizarem o espaço de comentário de que dispunham nas televisões para promover as suas ambições políticas. Como sabemos, foi o caso do incumbente”, escreveu ainda Tiago Mayan, referindo-se à duradoura presença de Marcelo Rebelo de Sousa no primetime da RTP1 e da TVI.

Sem esquecer uma crítica implícita a André Ventura, escrevendo que “houve também quem instrumentalizasse, com o mesmo propósito, o espaço de que dispunha no comentário desportivo”, o candidato presidencial apoiado pela Iniciativa Liberal lançou críticas a Marisa Matias e a João Ferreira por outro motivo: “Os candidatos do Bloco de Esquerda e do PCP apresentaram-se às eleições europeias e iniciaram o mandato em julho de 2019. Passado apenas um ano, deixam para segundo ou terceiro plano a responsabilidade de representar os eleitores que lhes confiaram o voto no Parlamento Europeu.”

Segundo Tiago Mayan Gonçalves, “a cada sinal de instrumentalização, a cada quebra da confiança investida pelos eleitores, a democracia enfraquece”, contrapondo a necessidade de “mudar de música e assumir padrões de conduta eticamente irrepreensíveis”.

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