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Timor Gap e italiana ENI assinam acordo para exploração de recursos petrolíferos

Em causa está o contrato de partilha de produção do TL-SO-22-23, anteriormente conhecido como Bloco P, que foi assinado entre a as ANP e a ENI no dia 14 de dezembro de 2023. Francisco Monteiro, ministro do Petróleo e Recursos Minerais, recordou que o governo timorense “tem uma política clara para garantir a máxima participação da empresa estatal no desenvolvimento dos recursos naturais”.
Autoridade Nacional do Petróleo (ANP) | Facebook
25 Fevereiro 2025, 22h00

A Autoridade Nacional do Petróleo (ANP) de Timor-Leste assinou, esta segunda-feira, um acordo para exploração de recursos petrolíferos com a italiana ENI, que determina a atribuição de uma participação de 12,5% à Timor Gap.

“Esta cerimónia de assinatura constituiu um marco significativo que abriu caminho para uma colaboração estreita entre o Governo de Timor-Leste e a ENI para uma maior exploração de petróleo e gás dentro das jurisdições de Timor-Leste e para promover o desenvolvimento da indústria no país”, refere a entidade liderada por Rui Maria Alves Soares, em comunicado.

Em causa está o contrato de partilha de produção do TL-SO-22-23, anteriormente conhecido como Bloco P, que foi assinado entre a as autoridades timorenses e a ENI no dia 14 de dezembro de 2023. A área de partilha está situada no sul da costa do Mar de Timor-Leste, entre os campos de gás do Greater Sunrise a norte e o campo de gás de Chuditch a sul, que foi descoberto pela Shell em 1998.

Durante a cerimónia de assinatura, Francisco Monteiro, ministro do Petróleo e Recursos Minerais, recordou que o governo timorense “tem uma política clara para garantir a máxima participação da empresa estatal no desenvolvimento dos recursos naturais”, pelo que o acordo entre a Timor Gap e a ENI representa “um passo concreto na execução desta política”. Contudo, alertou, é necessário que “ambas as entidades implementem este compromisso de forma eficaz”.

“O investimento da ENI e a decisão de alocar um orçamento para a investigação e exploração sísmica são sinais claros da confiança na capacidade de Timor-Leste para desenvolver o seu setor energético e impulsionar a economia nacional”, acrescentou.

Em 2022, a ANP adjudicou cinco de 18 blocos – três em terra e dois blocos no Mar de Timor – na segunda ronda de licenciamento de petróleo e gás no país.

Além da ENI, a australiana Santos ganhou a licença de exploração offshore do Bloco R, enquanto a Timor Gap adquiriu os direitos de exploração do Bloco A em terra.

O Conselho de Ministros de 19 de fevereiro autorizou a despesa para a celebração do Contrato de Subvenção entre o Ministério do Petróleo e Recursos e Minerais e a Timor Gap no valor de 16 milhões de dólares americanos para o ano de 2025.

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