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Timor-Leste e ONU trabalham para criar ambiente livre de assédio sexual

Dados de 2022 da Comissão para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres, da ONU, indicam que em Timor-Leste mais de metade das mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos sofreram violência física ou sexual de um parceiro do sexo masculino.
12 Junho 2025, 18h48

A secretária de Estado para a Igualdade de Timor-Leste disse hoje que o Governo e as Nações Unidas estão a trabalhar em conjunto para criar um ambiente livre de assédio sexual nos estabelecimentos de ensino do país.

“A Secretaria de Estado para a Igualdade, em conjunto com os seus parceiros, como a UN Women e o Ministério do Ensino Superior, Ciência e Cultura, está a trabalhar para criar um ambiente universitário seguro, livre de assédio sexual e também de ‘bullying’, que ainda ocorre em algumas escolas”, disse Elvina Carvalho, que falava após um encontro com o Presidente, José Ramos Horta, no Palácio Presidencial.

Segundo a governante, até ao momento, três instituições de ensino superior – a Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL), o Dili Institute of Technology (DIT) e o Instituto Superior de Filosofia e Teologia (ISFIT) – já assinaram acordos com a Secretaria de Estado para a Igualdade de Género e com a UN Women para garantir que as suas instituições estão livres de assédio sexual.

“Até agora, estas universidades estão a colaborar com o Ministério do Ensino Superior, e outras instituições também manifestaram interesse em firmar acordos com a Secretaria de Estado para a Igualdade de Género e com a UN Women, para começarem a combater o assédio sexual internamente”, acrescentou.

De acordo com a Secretária de Estado, o Governo timorense, através da Comissão da Função Pública, também continua a realizar sessões de sensibilização junto de funcionários públicos em todos os municípios e postos administrativos, para rejeitar o assédio sexual no local de trabalho.

“Enquanto secretária de Estado para a Igualdade de Género, apoio estas iniciativas de sensibilização que estão a ser desenvolvidas junto dos ministérios e da Comissão da Função Pública, com o objetivo de prevenir o assédio sexual nos serviços públicos”, sublinhou.

Dados de 2022 da Comissão para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres, da ONU, indicam que em Timor-Leste mais de metade das mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos sofreram violência física ou sexual de um parceiro do sexo masculino.

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