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Topo da agenda: o que não pode perder na economia e mercados esta semana

Enquanto a OPA da China Three Gorges à EDP e EDP Renováveis vai centrar as atenções dos investidores, o PSI 20 irá também continuar a focar a época de resultados. Dados do PIB português e o alemão, bem como o leilão de dívida portuguesa de curto prazo também estão na agenda.
14 Maio 2018, 07h10

OPA da China Three Gorges à EDP centra atenções

A semana vai começar da mesma forma como terminou a anterior: de olhos postos nas Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) lançadas pelo grupo chinês China Three Gorges (CTG) à EDP e EDP Renováveis. Ao início da noite de sexta-feira, a CTG anunciou a intenção de lançar uma OPA voluntária sobre o capital da EDP, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros por cada ação, o que representa um prémio de 4,82% face ao valor de mercado e avalia a empresa em cerca de 11,9 mil milhões de euros.

Em relação à EDP Renováveis, o grupo vai avançar com uma OPA obrigatória sobre o capital da empresa, oferecendo uma contrapartida de 7,33 euros por cada ação, um preço abaixo do valor da última cotação. A CMVM tinha decidido suspender a negociação em bolsa das ações das duas empresas, mas recuou na decisão. O mercado vai acordar, por isso, focado nas ações da EDP e EDP Renováveis, que fecharam na sexta-feira a valor 3,11 euros e 7,84 euros, respetivamente.

Resultados continuam a marcar negociação da bolsa

A EDP não vai ser a única empresa a captar a atenção dos investidores, com continuação da época de resultados entre as empresas do PSI 20. A Corticeira Amorim (segunda-feira), a Semapa (quarta-feira) e a Sonae (quinta-feira) vão apresentar contas do primeiro trimestre do ano.

Economias portuguesa e europeias desaceleram

A desaceleração do crescimento económico europeu no primeiro trimestre do ano deverá ser confirmada esta semana, com a apresentação de dados do produto interno bruto (PIB) de vários países, incluindo Portugal. Na semana passada, o Eurostat deu a conhecer que a economia da zona euro cresceu 0,4% entre janeiro e março, na comparação em cadeia, e 2,5% na comparação homóloga. O valor correspondeu às expetativas dos economistas e representa o ritmo de crescimento mais baixo desde 2016.

Esta terça-feira de manhã, serão conhecidos dados do PIB de Portugal e da Alemanha.

Entre os dados económicos, há mais notícias esta semana. Em Portugal, segunda-feira, vão ser conhecidas estatísticas das receitas fiscais relativas a 2017 e, terça-feira, dados da atividade turística em março. Em relação à zona euro, quarta-feira são divulgados dados finais da inflação de abril, sendo que a estimativa indica que tenha acelerado 1,2%.

Inflação e desemprego no Reino Unido ganham destaque

A taxa de desempregado e a inflação no Reino Unido, relativos a abril, vão ser ambos conhecidos esta terça-feira. Os dados são especialmente relevantes depois de o Banco de Inglaterra ter revisto em baixa a projeção para o crescimento económico do Reino Unido para este ano, na semana passada. Após uma forte desaceleração da economia, relacionada com o mau tempo, no primeiro trimestre o banco central liderado por Mark Carney defendeu que a incerteza sobre o Brexit está a pesar na economia britânica.

A economia do Reino Unido deverá crescer 1,4% este ano, segundo a nova estimativa, que representa um corte face à anterior projeção de 1,8%. Para 2019 e 2018, o Banco de Inglaterra reviu também as previsões em baixa, para 1,8% e 1,7%, respetivamente.

Portugal regressa ao mercado de dívida de curto prazo

Portugal vai voltar ao mercado na próxima quarta-feira para emitir entre 1.500 milhões e 1.750 milhões de euros em dois leilões de Bilhetes do Tesouro (BT) a seis meses e a um ano. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP que vai leiloar, por volta das 10h30, títulos com maturidades em 16 de novembro de 2018 e 17 de maio de 2019.

No final de março, o IGCP realizou dois leilões comparáveis com os que pretende realizar na próxima semana. Na emissão de BT a seis meses, Portugal emitiu 350 milhões de euros, a uma taxa de juro de -0,424%; na emissão a 12 meses, foram colocados 900 milhões de euros, a uma taxa de -0,394%. Esta será a segunda vez que o IGCP vai ao mercado para obter financiamento de curto prazo do segundo trimestre e já estava prevista nas linhas de atuação para o período entre abril e junho.

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