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Toureiros e forcados juntam-se a plataforma que pede demissão da ministra da Cultura

Profissionais da tauromaquia dizem que a cultura é o “parente pobre das políticas governativas” e acusam Graça Fonseca de confundir “gostos pessoais com os seus deveres e obrigações de ministra”.
29 Novembro 2019, 17h45

A Associação Nacional de Toureiros e a Associação Nacional de Grupos de Forcados declararam apoio à Plataforma Cultura em Luta, que lançou um abaixo-assinado em que pede a demissão da ministra da Cultura, Graça Fonseca, garantindo que os seus associados irão marcar presença nas ações de contestação à governante que estão agendadas para 10 de dezembro.

Segundo Nuno Pardal, presidente da Associação Nacional de Toureiros, além de a cultura continuar a ser “o parente pobre das políticas governativas”, sendo “um motor de desenvolvimento económico e de emprego continuamente esquecido”, no caso específico da tauromaquia faltam “apoios ou política de fomento”, ao mesmo tempo que o Estado “limita continuamente a ação dos privados na produção cultural, com todo o tipo de taxas e burocracias”.

Mais dirigidas são as críticas de José Potier, presidente da Associação Nacional de Grupos de Forcados, para quem “Graça Fonseca não tem revelado sensibilidade cultural para continuar à frente de uma pasta tão importante”. Isto porque, em sua opinião, o Ministério da Cultura tem uma titular “radicalmente animalista, que ataca o setor da tauromaquia, confundindo os seus gostos pessoais com os seus deveres e obrigações como ministra”. Algo que, “mal comparado, é como se tivéssemos um ministro do Desporto que fosse do Sporting e por isso agisse contra o Benfica e o FC Porto”.

Também a associação PróToiro já se tinha pronunciado contra o que considera serem ataques do Governo ao setor, depois de num primeiro momento ter afirmado disposição para retomar o diálogo com a ministra Graça Fonseca. Em causa esteve a subida da idade mínima para assistir a espetáculos tauromáquicos, prevista no Programa de Governo.

Entre outras reivindicações que conduziram aos protestos agendados para 10 de dezembro, a Plataforma Cultura em Luta exige “como patamar mínimo” a atribuição de um por cento do Orçamento do Estado de 2020 para a Cultura, “sem truques de engenharia orçamental, sem expedientes que subvertam a missão intrínseca da cultura e das artes, que é uma missão de liberdade”.

 

 

 

 

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