O número de trabalhadores que trabalha horas excessivas é elevado, o que tem impacto na sua vida pessoal e no desempenho profissional. A conclusão faz parte do relatório “Work for a brighter future” publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) esta terça-feira.
“São demasiados os trabalhadores que continuam a trabalhar horas excessivas, o que lhes deixa pouco tempo livre”, refere a OIT. “Muitos trabalhadores têm que cumprir com uma longa jornada de trabalho porque a família é pobre ou porque correm o risco de cair na pobreza se reduzirem as horas de trabalho”, acrescenta.
A organização de Genebra salienta, contudo, que por outro lado existe um segmento que não têm trabalho suficiente. “Cerca de um em cada cinco trabalhadores em todo o mundo que trabalha poucas horas assinala que gostaria de trabalhar mais horas”, diz, explicando que para muitos destes trabalhadores as horas de trabalho “podem variar muito e ser imprescindíveis, sem um número garantido de horas semanais de trabalho remunerado, e com pouco ou nenhum direito a escolher quando trabalham”.
“Os trabalhadores precisam de maior soberania sobre o seu tempo. A capacidade de ter mais opções e de exercer um maior controlo sobre as horas de trabalho irá melhorar a sua saúde e bem estar, assim como o desempenho pessoal e profissional”, assinala a OIT.
Exorta ainda os governos, empregadores e trabalhadores a desenvolver acordos sobre a organização do tempo de trabalho que permita aos trabalhadores escolher os horários de trabalho, sujeitos às necessidades que tenha a empresa de uma maior flexibilidade e recomenda ainda que se adotem medidas de regulação apropriadas que estabeleçam um número mínimos de horas garantidas e previsíveis para os indivíduos que exercem funções através do teletrabalho.
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