Traditional Dream Factory lança nova ronda de investimento de 800 mil euros para expandir a sua ecovila

A Traditional Dream Factory é a primeira iniciativa da rede OASA, uma associação suíça dedicada à construção de uma rede global de comunidades regenerativas de coabitação.

A aldeia regenerativa tecnologicamente mais avançada da Europa está a nascer no coração do Alentejo, aliando natureza, arquitetura e blockchain. O projeto está a tomar forma num antigo espaço de criação avícola, outrora abandonado, que está agora a ser reconvertido num centro de coliving e coworking rodeado de árvores, campos e natureza.

O projeto, localizado em Abela, uma aldeia no concelho de Santiago do Cacém, na região do Alentejo, já conta com uma comunidade ativa de mais de 60 membros – incluindo engenheiros, permacultores, arquitetos e criativos – sob a liderança de Samuel Delesque.

No total, já foram angariados mais de um milhão de euros, graças à colaboração de membros e amigos.

Os planos de expansão preveem a construção de 14 suítes privadas, 23 casas de madeira entre 35 m² e 70 m², 4 estúdios para artistas residentes, um restaurante e uma piscina biológica.

Para financiar esta nova fase, a equipa planeia angariar mais 800 mil euros na nova ronda de investimento.

Até 2026, a TDF espera acolher uma comunidade permanente de até 100 residentes e organizar eventos com mais de 200 participantes.

A TDF está estruturada como uma Organização Autónoma Descentralizada (DAO), um modelo de governação em que as decisões são tomadas coletivamente, em vez de dependerem de uma autoridade central. Este modelo reflete os valores fundamentais do projeto: inclusão, transparência, capacitação e gestão ambiental.

Atualmente, a TDF já se encontra em operação: tem áreas para caravanas, alojamentos glamping, uma cafetaria, uma sauna e um espaço para eventos com 140 m². A capacidade atual é de 15 a 25 pessoas, com a possibilidade de receber até 100 participantes em atividades ou eventos.~

A Traditional Dream Factory (TDF) assume o objetivo de se afastar do individualismo da economia global, para operar com o seu próprio token, o $TDF, que serve para financiar o projeto e conceder privilégios de acesso aos seus investidores.

Cada token $TDF concede um dia de acesso à aldeia por ano, desde que seja mantido pelo seu detentor, de acordo com o regulamento da TDF. “É um mecanismo simples mas poderoso para fomentar o compromisso a longo prazo e a responsabilidade partilhada”, acrescenta um dos principais colaboradores do projeto.

Atualmente, existem mais de 256 titulares de tokens, que ajudam a financiar a iniciativa e, em troca, recebem privilégios na reserva da sua estadia.

“Longe dos modelos especulativos do mundo das criptomoedas, o $TDF foi concebido como um verdadeiro veículo de financiamento para infraestruturas tangíveis e serviços partilhados. Tanto os investidores como os membros da comunidade são incentivados a co-criar valor – não apenas a extraí-lo”, refere o comunicado.

Embora o projeto ainda esteja em desenvolvimento, já atingiu vários marcos importantes. “Todas as infraestruturas essenciais estão instaladas”, afirma Delesque. “É um local onde se pode trabalhar remotamente, partilhar conhecimento e fazer parte de algo maior, algo enraizado em valores importantes”.

A Traditional Dream Factory (TDF) apresenta-se como uma alternativa sustentável ao modelo de consumo global. É um projeto que pretende reforçar ainda mais a posição de Portugal no mapa dos nómadas digitais em toda a Europa através da criação de uma aldeia regenerativa financiada com o seu próprio utility token, combinando sustentabilidade, comunidade e tecnologia blockchain.

“Estamos a criar um local onde as pessoas podem viver, trabalhar e crescer em conjunto, ao mesmo tempo que cuidam do ambiente”, afirma empresário tecnológico Samuel Delesque. “O nosso objetivo é demonstrar que um estilo de vida sustentável pode ser simultaneamente prático e inspirador”, acrescenta.