As transferências líquidas de Portugal com a União Europeia em percentagem do PIB deverão ser historicamente elevadas em 2025 e em 2026 (2,4% e 3,2% do PIB, respetivamente). Para 2027, projeta-se uma redução para 1,4%, que compara com uma média de 1,1% na última década, revela hoje o Banco de Portugal.
O banco central diz que esta evolução é muito condicionada pelos recebimentos do NextGenerationEU, o instrumento temporário criado pela União Europeia para impulsionar a recuperação económica e social em resposta aos efeitos da pandemia de Covid-19.
No período projetado, estes recebimentos correspondem essencialmente às subvenções que financiam o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o programa nacional de reformas e investimentos.
As projeções assumem que o PRR será concluído no prazo estipulado, em 2026, e que a totalidade das subvenções será utilizada, ressalva o Banco de Portugal.
“Neste contexto, os beneficiários finais portugueses deverão receber o equivalente a cerca de 4% do PIB em 2025–26. Em 2027, os recebimentos estarão exclusivamente associados ao atual quadro financeiro plurianual (QFP 2021–27). Assume-se que estes recebimentos aumentarão ao longo do horizonte de projeção”, conclui o banco central.
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